sábado, 31 de dezembro de 2011

COSTA DO MARFIM

Militares estão violando direitos humanos na Costa do Marfim, alerta ONU
30 de dezembro de 2011 · Notícias - ONU


Membros da Missão de Paz das Nações Unidas na Costa do Marfim (ONUCI) estão preocupados com os recentes relatos de estupro, tortura, assaltos à mão armada e outros abusos cometidos pela Forças Armadas costa-marfinenses (FRCI).
Um dos casos recentes aconteceu no sul do país na cidade de Sikensi. Relatos da mídia indicam que quatro pessoas morreram após soldados da FRCI terem entrado em confronto com moradores locais. Esse incidente seria parte das tensões interétnicas da região.
O Porta-voz da ONUCI, Kenneth Blackman, afirmou que autoridades da Costa do Marfim estão tomando iniciativas para melhorar a segurança e disciplina dentro da FRCI. Entre elasestão a criação de uma polícia militar, a arrecadação de um fundo para compra de armas, o estabelecimento de um corpo de reserva e a renovação acampamentos militares.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

EUA QUEREM QUE PAQUISTÃO COMPARTILHE MAPA ESTRATÉGICO.

O chefe do Comando Central dos EUA quer que o Paquistão compartilhe um mapa que mostra suas instalações militares na região da fronteira com o Afeganistão, na esperança de que isso contribua para que não se repitam incidentes como o que resultou na morte de 24 soldados paquistaneses em novembro.
James Mattis, general dos Marines, disse em nota divulgada na segunda-feira que a principal lição deixada pelo episódio é que “precisamos melhorar a coordenação na fronteira, e isso exige um nível fundacional de confiança em ambos os lados da fronteira”.
Ele disse que o comandante das forças aliadas no Afeganistão, general John Allen, deveria desenvolver medidas para evitar incidentes de “fogo amigo”, e sempre que possível partilhar isso com os militares paquistaneses.
As ordens foram divulgadas no site do Comando Central, junto com um relatório de 30 páginas em que os militares dos EUA apresentam suas conclusões a respeito do equivocado bombardeio da madrugada de 26 de novembro, cujas consequências abalaram as já frágeis relações entre Washington e Islamabad.
Os EUA dizem que bombardearam a região porque achavam que seus soldados estavam sendo atacados por militantes islâmicos. Pela versão norte-americana, os soldados paquistaneses dispararam contra os norte-americanos que estavam no território afegão.
Em represália pelo ataque, o Paquistão interrompeu as rotas de suprimento para as forças dos EUA no Afeganistão, e expulsou as forças norte-americanas de uma base aérea usada para o lançamento de aviões teleguiados.
Mattis determinou que Allen, comandante da Isaf (força da Otan no Afeganistão) solicite a divulgação imediata de todas as instalações militares nos dois lados da fronteira.
Isso deveria incluir “atualizações sistemáticas com base em um mapa e uma base de dados comuns, e a incorporação de visitas periódicas e recíprocas de coordenação”.
Investigadores dos EUA dizem que o clima de desconfiança mútua entre paquistaneses e norte-americanos está na raiz do letal mal entendido.
O Paquistão não participou da investigação militar norte-americana e rejeitou suas conclusões, por serem “carentes de fatos”, como disse na quinta-feira o general Athar Abbas, porta-voz do Exército do Paquistão.

Os chefes de duas delegações sul-coreanas se reuniram com o novo líder norte-coreano.

Os chefes de duas delegações sul-coreanas se reuniram com o novo líder norte-coreano Kim Jong-un durante uma visita a Pyongyang nesta segunda-feira para prestar sua homenagem ao pai dele, Kim Jong-il, morto no dia 17, informou o Ministério da Unificação da Coreia do Sul.
A ex-primeira-dama da Coreia do Sul Lee Hee-ho, viúva do antigo presidente Kim Dae-Jung, se encontrou com o filho apontado como sucessor do ditador norte-coreano para oferecer suas condolências. Seul disse, porém, que a mulher se encontra em uma viagem particular e não apresenta uma mensagem do governo.
Um porta-voz afirmou que Lee e a chefe do grupo Hyundai, Hyun Jung-Eun, prestaram seus respeitos ao líder morto no Palácio Memorial Kumsusan e apresentaram suas condolências a Jong-un.
O marido morto de Lee começou uma política pioneira que ficou conhecida que “Sunshine Policy” (“política da luz do sol”, em tradução livre), numa tentativa de se relacionar com os norte-coreanos por meio de iniciativas diplomáticas.

Ex-primeira-dama da Coreia do Sul Lee Hee-ho encontra autoridades norte-coreanas em Kaesong

A viúva conheceu Kim Jong-durante uma conferência em 2000, e disse que esperava que sua visita à Coreia do Norte ajudasse a melhorar as relações na península. “Enquanto estava no poder, Kim Jong-il, enviou uma delegação com condolências a Seul quando meu marido morreu em 2009. Acredito ser nosso dever expressar nossas condolências também”, defendeu.
DELEGAÇÕES
As duas únicas delegações sul-coreanas autorizadas por Seul a viajar para a Coreia do Norte para dar seus pêsames pela morte do ditador Kim Jong-il, falecido no dia 17 de dezembro, cruzaram nesta segunda-feira a fronteira entre os dois países, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Pyongyang advertiu no domingo a Seul de consequências “catastróficas” nas relações bilaterais se não permitisse que os cidadãos sul-coreanos que desejassem expressar suas condolências pela morte de Kim se desloquem até a Coreia do Norte.
As duas comitivas somam no total 19 pessoas e estão lideradas respectivamente pela presidente do grupo Hyundai, Hyun Jeong-eun, e a ex-primeira-dama Lee Hee-ho.
Seul decidiu autorizar a viagem destas duas personalidades e seus acompanhantes porque a Coreia do Norte enviou delegações quando seus respectivos maridos morreram, ambos promotores ativos da reconciliação entre as duas Coreias durante a década passada.
Petróleo sobe impulsionado pela tensão Ocidente-Irã
Brasil Econômico   - Por AFP 27/12/11 18:26

Os preços aumentaram depois que um hierarca iraniano ameaçou fechar o estreito de Ormuz em caso de sanções contra as exportações petrolíferas
Preços do petróleo ultrapassam os US$ 100 o barril em Nova York, impulsionados pelas tensões crescentes entre Ocidente e Irã.
Os preços do petróleo subiram acima dos US$ 100 o barril nesta terça-feira (27/12) em Nova York, impulsionados pelas tensões crescentes entre Ocidente e Irã, que ameaçaram bloquear um estreito essencial para o abastecimento de petróleo.
O barril de "light sweet crude" para entrega em fevereiro fechou a US$ 101,34 no New York Mercantile Exchange, um aumento de US$ 1,66 em relação ao fechamento de sexta-feira. Na segunda-feira foi feriado de Natal nos mercados nova-iorquinos.
Em Londres, entretanto, no IntercontinentalExchange, o barril de Brent, do mar do Norte para a mesma entrega subiu a US$ 109,18.
"Todo o mundo tem na cabeça as tensões geopolíticas", resumiu Rich Iczyszyn, corretor do iiTrader.com.
Os preços aumentaram depois que um hierarca iraniano ameaçou fechar o estreito de Ormuz em caso de sanções contra as exportações petrolíferas de seu país, enfrentando as potências ocidentais por seu programa nuclear.
"Se fossem adotadas sanções contra (as exportações) de petróleo iraniano, nem uma gota de petróleo transitaria pelo estreito de Ormuz", avisou o primeiro vice-presidente iraniano, Mohamad Reza Rahimi.
Cerca de 40% do tráfico marítimo de petróleo mundial transita por essa área controlada por Teerã, que começou sábado dez dias de manobras militares navais na região.
A União Europeia indicou no começo de dezembro, que considera a possibilidade de um embargo sobre o petróleo do Irã, ao qual as potências ocidentais pedem esclarecimentos sobre as finalidades do programa nuclear.
Phil Flynn, analista da PFG Best, também constatou "tensões cada vez mais fortes" em vários países produtores de petróleo, particularmente no Oriente Médio.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

AL QAEDA NO IRAQUE.

Al Qaeda no Iraque reivindica autoria da série de atentados em Bagdá

Bagdá (Iraque) - O grupo Estado Islâmico do Iraque, vinculado à Al Qaeda, reivindicou nesta terça-feira a autoria da série de atentados da última quinta-feira em Bagdá, quando 69 pessoas morreram e 191 ficaram feridas. O grupo explicou que seu 'Ministério de Guerra' organizou os ataques do dia 22 em diferentes bairros da capital, em comunicado postado na internet cuja autenticidade não pôde ser verificada.

A nota acrescenta que "os ataques tiveram como objetivo sedes de segurança, patrulhas militares e concentrações do Exército Mehdi, além de pôr fim aos hereges dirigentes militares e de segurança e da Administração governamental da Zona Verde", uma área fortificada que abriga as principais instituições.
O Exército Mehdi é uma milícia xiita leal ao clérigo Moqtada al-Sadr que suspendeu suas atividades militares em julho deste ano. O Estado Islâmico do Iraque destacou que um dos alvos do ataque foi o edifício de Investigação Penal, pertencente ao complexo do organismo de Transparência, que se encarrega da luta anticorrupção.
Segundo o texto, "o Governo o usou como um de seus instrumentos mais importantes para apoiar os xiitas, fazer a limpeza de todos os sunitas e obrigá-los a submeter-se a seus projetos malignos tomando como pretexto a luta contra a corrupção" A organização terrorista ameaçou promover mais ataques no futuro e criticou a intromissão do Irã nos assuntos do Iraque, pelo que "os mujahedins (guerrilheiros islâmicos) não ficarão quietos vendo que o projeto maligno do Irã teve más consequências claras e óbvias para os sunitas no Iraque".
O Estado Islâmico do Iraque, criado em outubro de 2006, é um conglomerado de grupos terroristas diretamente vinculado à Al Qaeda. ao consumo interno pela população urbana, para garantir o desenvolvimento do país.

As informações são da EFE

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Guardian aponta Brasil como sexta economia do mundo

Em segunda-feira 26/12/2011, às 8:41
O Brasil superou o Reino Unido e ocupa agora o posto de sexta maior economia do mundo, reportou o jornal britânico The Guardian, citando uma equipe de economistas. A crise bancária de 2008 e a subsequente recessão deixou o Reino Unido no sétimo lugar em 2011, atrás da maior economia da América do Sul, que cresceu rapidamente no rastro das exportações para a China e Extremo Oriente.
"O Brasil tem batido os países europeus no futebol por um longo tempo, mas batê-los em economia é um fenômeno novo. Nossa tabela de classificação econômica mundial mostra como o mapa econômico está mudando, com os países asiáticos e as economias produtoras de commodities subindo para a liga, enquanto nós, na Europa, recuamos", afirmou o chefe-executivo do Centro de Pesquisa para Economia e Negócios (CEBR, em inglês) do Reino Unido, Douglas McWilliams, segundo o jornal.
O CEBR prevê que a Rússia e a Índia deverão se beneficiar de um aumento do crescimento durante os próximos 10 anos, levando a economia do Reino Unido a cair para a oitava posição. O órgão também estima que a economia francesa recuará num ritmo ainda mais rápido que a do Reino Unido, ficando com o nono lugar entre as maiores economias do mundo. Segundo o órgão, a Alemanha também declinará para a sétima colocação em 2020.
A União Europeia continuará a ser o maior bloco comercial coletivo do mundo, embora uma recessão deva atingir o crescimento mundial no próximo ano, prevê o CEBR. Segundo o The Guardian, previsões recentes do centro apontam que o crescimento mundial recuará para 2,5% em 2012, uma revisão em baixa da previsão feita em setembro. O centro alertou, no entanto, que em um cenário envolvendo "a saída de um ou mais países da zona do euro, defaults soberanos e falência e resgate de bancos poderá provocar uma desaceleração ainda maior do crescimento da economia mundial em 2012, para 1,1%.
Já as economias emergentes, que viram seus mercados acionários despencarem nos últimos meses, à medida que os investidores avaliavam as consequências da crise do euro, vão recuperar a sua dinâmica, projeta o CEBR. Segundo o centro, a economia brasileira deverá crescer 2,5% em 2012, após avançar 2,8% neste ano. A China terá expansão de 7,6%, a Índia, de 6%, e a Rússia, de 2,8%.

IRÃ PREPARA ATIVIDADE NUCLEAR SUBTERRÂNEA,DIZEM FONTES.

Posted: 19 Dec 2011 12:37 PM PST
O Irã pode iniciar em breve atividades nucleares estratégicas em uma instalação escavada dentro de uma montanha, disseram fontes diplomáticas nesta quarta-feira, em uma notícia que deve causar ainda mais preocupação para os países que exigem o fim dessas atividades.
O bunker em questão fica em Fordow, perto da cidade sagrada de Qom. As fontes disseram que equipamentos e matérias-primas já foram transferidos para lá, à espera de uma decisão do governo para dar início à atividade de enriquecimento de urânio em alto grau.
Até agora, o enriquecimento acontecia sobre a superfície, em outro local.
“Eles estão prontos para começar a alimentar”, disse uma fonte diplomática, referindo-se à colocação nas centrífugas de gás urânio baixamente enriquecido, num processo que eleva o seu grau de pureza.
O urânio, dependendo do nível de enriquecimento, pode ser usado para alimentar reatores nucleares ou para a produção de armas atômicas.
Os Estados Unidos e seus aliados acusam o Irã de tentar desenvolver secretamente a tecnologia de armas nucleares, algo que Teerã nega, dizendo que sua intenção é apenas gerar energia para fins pacíficos.
Shannon Kile, especialista em proliferação de armas nucleares, observou que meses atrás o Irã já havia anunciado a transferência das suas atividades mais estratégicas de enriquecimento para Fordow, mas que o início desse trabalho propriamente dito seria algo significativo.
“Obviamente, para as pessoas que estão preocupadas com a capacidade do Irã para ‘escapar’ e enriquecer (urânio) até o grau necessário ao uso em armas, esse é um grande passo no caminho”, disse Kile, que trabalha no Instituto Internacional de Estocolmo para a Pesquisa da Paz.
O Irã anunciou em 2010 que pretendia elevar o nível de enriquecimento do seu urânio de 3,5 para 20%, e que esse material adicionalmente enriquecido seria usado para repor os estoques do combustível de um reator de pesquisas médicas.
A notícia preocupou o Ocidente, embora o uso em armas nucleares exija urânio enriquecido a quase 90 por cento. EUA e Israel dizem não descartar uma ação militar para impedir o Irã de manter seu programa de enriquecimento.
A principal usina iraniana de enriquecimento fica na cidade de Natanz, no centro do país. A liderança do país disse em junho que iria transferir o enriquecimento de alto grau para Fordow, aproveitando sua maior capacidade e a maior proteção contra um eventual bombardeio.
Nesta quarta-feira, um comandante da Guarda Revolucionária (força de elite do Exército iraniano) disse à agência semioficial de notícias Mehr que o Irã irá, se necessário, transferir suas instalações de enriquecimento de urânio para locais mais seguros. Ele não entrou em detalhes sobre isso.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

IRAQUE

Chegou a vez do Brasil conquistar o Iraque
Regiane de Oliveira   (roliveira@brasileconomico.com.br) 22/12/11 17:19
Câmara de Comércio aponta o aumento de negócios entre os dois países, que vai desde negociações no futebol até serviços de infraestrutura, alimentação e energia
Há quem diga que a saída do exército americano do Iraque vai aumentar a insegurança na região. No entanto, isso não parece preocupar as empresas de vários lugares no mundo, que já disputam assento como fornecedores de produtos e serviços para a reconstrução do país.
Nesta lista estão incluídas algumas operações brasileiras, como Andrade Gutierrez, Odebrecht e Volkswagen. De olho nas oportunidades da área de infraestrutura e exportação de produtos, essas indústrias já pediram autorização para começar a trabalhar no país, segundo apurou o Brasil Econômico.
O Brasil ainda não figura entre os maiores fornecedores do Iraque. Mas vem galgando uma posição sustentável para reverter a balança de exportação, que, mesmo em épocas de guerra, sempre pendeu para o lado iraquiano, por conta da venda de petróleo ao Brasil.
Atualmente, dados do Ministério do Desenvolvimento, mostram que as exportações diretas são quase um terço das importações do país.
Segundo dados da Câmara de Comércio e Indústria Brasil Iraque, no entanto, as vendas diretas do Brasil ao Iraque registraram de janeiro a novembro deste ano um faturamento de US$ 361,3 milhões, ante US$ 350,6 milhões de exportações indiretas, ou seja, feita por intermédio de importadores sediados em outros países como Kuwait, Turquia, Jordânia, Síria, Emirados Árabes Unidos, entre outros.
"Essa é a primeira vez na história recente das relações comerciais entre os dois países que isso acontece", conta Jalal Chaya, vice-presidente da câmara de comércio.
O total de exportações brasileiras neste ano foi de US$ 711,9 milhões. Esse resultado é 10,5% superior ao apurado no mesmo período de 2010 quando as vendas foram de US$ 644,2 milhões.
"Este valor ainda é pequeno perto do que o Brasil representa no cenário internacional." As exportações brasileiras ao exterior, para todos os países, somaram US$ 254 bilhões de janeiro a novembro.
Brasil versus Iraque
"Se vendermos os produtos brasileiros como vendemos o futebol, o Brasil tem a chance de ser um dos maiores exportadores do Iraque", afirma Chaya, otimista com as negociações para uma partida entre a seleção brasileira de futebol e a iraquiana, que deve acontecer no começo de 2012, na capital do país, Bagdá.
"Acredito que o Brasil vai acertar a oferta, afinal, o país jogou no Haiti em condições bastante difíceis", lembra.
E se a demanda pelo futebol é grande, imagine em outras áreas como infraestrutura. "O país prevê a construção de 2,5 milhões de moradias para os próximos anos.
A indústria petrolífera também vai passar por reestruturação", diz. E nesta área, o governo do Iraque está interessado em negociar com a Petrobras. "A empresa tem uma tecnologia que interessa muito ao país, que é a exploração horizontal. Com isto seria possível explorar poços que estão embaixo de grandes cidades", diz.
Na área de energia, nenhum negócio foi fechado ainda. Mas segundo Chaya, o caminho para as negociações já está sendo pavimentado. O governo brasileiro abre no início do ano a embaixada do país em Bagdá, sob comando de Anuar Nahas.
Por enquanto, o país é destaque na venda de alimentos, especialmente frango, açúcar, carne bovina, peixe e café, além de máquinas para construções e material hospitalar.
Procurada pelo Brasil Econômico, a Andrade Gutierrez afirmou que no momento "não tem qualquer informação relevante sobre projetos no Iraque". A Odebrecht disse que a informação de que estaria retornando ao país não procede. E a Volkswagen não retornou nossas ligações.Matéria publicada hoje dia 22/12/2011,quinta-feira no jornal “Brasil Econômico”.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

HOMENAGEM A UM JOVEM AMIGO.

sábado, 17 de dezembro de 2011
Seres Racionais
Por Fabrício Olmo Aride

Dia de leitura
Sobre as notícias do planeta
Mais uma caricatura
Da mesma faceta

Ameaça nuclear
Superpopulação
Poluição do ar
Corrupção

Guerra civil
Trabalho escravo e infantil
Desmatamento
Aquecimento

Saúde precária
Educação deficitária
Previdência em falência
Saneamento em decadência

Miséria e fome
Pessoas sem moradia
Realidade que não some
Do nosso dia a dia

Há quanto tempo se discute
Estas mesmas questões
E a mídia repercute
Todas aquelas reuniões

Pela paz se faz guerra
Que jamais se encerra
Morte de inocentes civis
Por interesses vis

Passam-se os anos
A tecnologia avança
Mas os mesmos danos
Abalam qualquer esperança

Somos dotados de ufanismo
E nos contentamos com o eufemismo
Somos mais destrutivos que os outros animais
E nos consideramos seres racionais

O que esperar de 2012?
19/12/11 07:31 | Fábio Feldmann - Consultor em sustentabilidade

O ano que está se encerrando foi marcado por grandes transformações a começar pelo vento democrático que derrubou ditaduras na Tunísia, Egito e Líbia, passando pelo Yêmen e Marrocos, sem que se saiba exatamente quais são os rumos que esses países tomarão em termos de implantação de modelos democráticos.
A sensação, para os brasileiros e latino-americanos, é a de que estas sociedades estão vivendo algo que vivenciamos há trinta anos, com a democratização do continente e mesmo do Brasil. Além disso, é incontestável o impacto da crise econômica europeia que colocou em risco a sua moeda, o euro, e o desenho político da União Europeia.
De certo modo, o mundo assiste a necessidade de repactuação de seus pactos políticos, o que é uma discussão difícil e complexa, mas absolutamente necessária na qual a soberania de cada país precisa ter seus limites bem definidos.
Aliás, no mundo globalizado, no qual a autonomia de cada país é confrontada com a interdependência entre todos, cabe repensarmos ideias e conceitos praticados há duzentos anos que não são mais operacionais como foram até aqui.

Certamente, não há tema no qual a interdependência fica mais evidente do que o do clima. Cada vez que se emite carbono no Brasil, a repercussão se dá no planeta como um todo, isto é, a atmosfera não tem fronteira. Do mesmo modo, acontece com a China quando implanta uma nova termoelétrica.

Todos são responsáveis e vítimas simultaneamente, sendo nesse momento impossível determinar claramente "de que lado do balcão estamos".

Recordo-me de uma viagem pelo Xingu alguns anos atrás em que fomos pegos por uma grande chuva na travessia de um dos rios e o índio responsável assinalava que a mesma estava fora de temporada. Pensei com meus botões que se considerássemos a parcela de responsabilidade dele ou de seu povo em termos de ambição, ela seria incomparavelmente menor que a minha, ainda que os impactos não façam esse tipo de distinção.

Creio que a grande discussão que temos pela frente será a de encontrarmos um novo desenho democrático, no qual direitos e deveres sejam bem colocados e um novo conceito de responsabilidade seja assimilado no pressuposto de uma cidadania planetária.

Países como o Brasil que usufruem de uma democracia consolidada por alguns anos têm pela frente o desafio de promover reformas estruturais com a finalidade de recolocar questões que, no seu processo de redemocratização, foram mal cuidadas: representação política, dimensão metropolitana de suas capitais e competências e responsabilidades de seus entes políticos associadas ao seu financiamento.

Mas muitas dessas questões, guardadas as reservas, deveriam também ser discutidas em países com tradição democrática como os EUA, cujo bipartidarismo exacerbado tem claramente colocado grandes barreiras à capacidade da maior economia do mundo de enfrentar a sua maior crise desde 1929.

Ter clareza desta agenda e capacidade de discuti-la com a sociedade de modo a motivá-la a compreender e formular as respostas talvez seja o grande desafio de 2012. A insatisfação e o desconforto dos recentes movimentos sociais como o "Ocupe Wall Street" talvez possa vir a ser o ponto de partida dessa discussão.
----------------------------------------------------------Fabio Feldmann é consultor em sustentabilidade – matéria publicada no jornal “Brasil Econômico”.

FORÇAS ARMADAS BRASILEIRAS.

Presidenta Dilma Rousseff afirma que governo apoiará a renovação dos equipamentos das Forças Armadas

Em discurso a oficiais-generais, comandante suprema destaca que a construção de uma grande nação passa também pelo desenvolvimento de sua capacidade de defesa


Brasília, 19/12/2011 – A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje que seguirá apoiando a renovação dos equipamentos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Segundo ela, juntamente com o Ministério da Defesa, as Forças Armadas são instituições que terão papel relevante “na caminhada para tornar o Brasil um país mais justo, mais desenvolvido e mais soberano”.

As declarações da presidenta foram feitas durante discurso no almoço de confraternização de fim de ano com os oficiais-generais das Forças Armadas, no Clube da Aeronáutica, em Brasília. Evento tradicional no calendário da Defesa, este foi o primeiro almoço do qual Dilma participou como presidenta da República.

Ao discursar, a comandante suprema ressaltou a lealdade, a abnegação e o patriotismo dos militares brasileiros. “Reconhecemos a nobreza daqueles que dedicam a vida à defesa da soberania, da democracia e da integridade territorial do Brasil, por isso o Brasil também tem de reconhecer que esses homens e mulheres necessitam de recursos, não só aqueles dos equipamentos, mas também aqueles que garantam uma vida digna à família militar”, afirmou.

A presidenta também sublinhou o compromisso de seu governo em incentivar a participação do Brasil em operações de paz, e defendeu o fortalecimento da indústria nacional de defesa, além do desenvolvimento tecnológico do setor.

Participaram do evento o vice-presidente da República, Michel Temer, o ministro da Defesa, Celso Amorim, os comandantes das três Forças – almirante Julio Soares de Moura Neto (Marinha), general Enzo Peri (Exército) e brigadeiro Juniti Saito (Aeronáutica), o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general José Elito Carvalho Siqueira.

O almoço foi o segundo encontro do dia entre a presidenta e os oficiais- generais. O primeiro aconteceu no final da manhã, no Palácio do Planalto, quando os militares recém-promovidos das três Forças foram apresentados a ela. Antes da cerimônia, os promovidos haviam sido apresentados, em solenidade interna no Ministério da Defesa, ao ministro Celso Amorim.

No Palácio do Planalto, dirigindo-se aos oficiais, a presidenta ressaltou a importância de uma política de defesa “assertiva” para o desenvolvimento econômico e para a execução de uma política externa soberana. “Para construir uma grande nação é fundamental dispor de capacidade na defesa dos interesses pelos mais diversos meios, notadamente os dissuasórios”, sublinhou.

Dilma Rousseff também pontuou a necessidade de o Brasil reforçar as relações com as nações amigas, especialmente as que têm limite com o território brasileiro: “O Brasil é um país pacífico que possui relações baseadas na cooperação e no diálogo com as demais nações, especialmente com os nossos vizinhos, com quem mantemos, há mais de 140 anos, relações amigáveis e pacíficas”, afirmou. “Sem sombra de dúvida, esse é um valor importantíssimo quando se vê um mundo em que várias regiões estão hoje vivendo momentos muito conflituosos”.

No almoço no Clube da Aeronáutica, a presidenta destacou também a necessidade de valorização de uma política de compra das Forças Armadas. “Temos de dar muita importância também a uma política de compras governamentais que tenha o poder de organizar a demanda e, assim, fortalecer a cadeia produtiva de bens industriais e de serviços para a defesa”, afirmou.

Outro aspecto presente no discurso da presidenta foi o compromisso do governo com a valorização da carreira militar. “Estamos comprometidos com a valorização da profissão militar para que continuemos atraindo, para nossas Forças Armadas, os quadros necessários ao pleno cumprimento de suas funções profissionais e constitucionais”, disse.

Brasil no cenário internacional

O ministro Celso Amorim também discursou durante o almoço com os oficiais. Ele chamou atenção para o fato de que o Brasil enfrenta, atualmente, um descompasso de não ter uma defesa que possa respaldar sua crescente influência no mundo. “Mesmo um País como o Brasil, que tem a fortuna de não possuir inimigos declarados ou de vislumbrar ameaças iminentes, não pode ser confundido com País desarmado e indefeso”, disse.

Segundo o ministro, para mudar essa realidade é necessário continuar trabalhando para, entre outros aspectos, garantir o fortalecimento institucional do Ministério da Defesa e do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.

Amorim reforçou as palavras antes proferidas pela presidenta Dilma, destacando a necessidade de fortalecimento da indústria de defesa e de obtenção da autonomia tecnológica no setor. Segundo ele, há uma necessidade de se criar mecanismo de financiamento capaz de dar previsibilidade e continuidade aos investimentos em defesa.

Para o ministro, as exportações devem ser um complemento e não a base indústria de defesa nacional. Como ocorre em outras nações, afirmou, o esteio dessa indústria deve ser a aquisição, pelo Ministério da Defesa, dos meios necessários ao equipamento das Forças Armadas brasileiras.

Celso Amorim também mencionou a necessidade de valorização da carreira militar. “Temos de solucionar o problema da evasão de recursos humanos das Forças Armadas, valorizar a carreira e torná-la atrativa”, afirmou.

O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, também discursou durante o almoço. Saito ressaltou o empenho da presidenta da República em atender as necessidades das Forças Armadas, tanto do ponto de vista do reaparelhamento como do bem-estar da família militar. “Evidencia-se a solicitude de Vossa Excelência para com as nossas aspirações, bem como a sensibilidade e a compreensão no tocante aos legítimos anseios da caserna”, disse.

Veja a íntegra do discurso da presidenta Dilma Rousseff no almoço de fim de ano com os oficiais-generais.  

Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa

domingo, 18 de dezembro de 2011

RÚSSIA

Maestro da força jovem
Aleksey Navalny, que há algumas semanas era conhecido apenas na blogosfera, canaliza para a rua a revolta da juventude russa
17 de dezembro de 2011 | 14h 00 - ESTADÃO

Carisma. Frio abaixo de zero não impediu seguidores de Navalny de manter-se em vigília na delegacia onde ele está preso
O homem considerado o principal responsável pela extraordinária explosão de ativismo voltado contra o governo da Rússia no decorrer da última semana não se pronunciou no comício de sábado retrasado, pois se encontrava na prisão.
Numa última reunião de coordenação para o protesto na noite de sexta feira, 9, na qual uma sala cheia de organizadores veteranos era tomada pelos gritos daqueles que tentavam se fazer ouvir, uma jovem ativista ambiental se voltou para a multidão com súbita gravidade: “Gostaria de agradecer a Aleksei Navalny”, disse ela. “Graças a ele, aos esforços empreendidos especificamente por ele, milhares de pessoas virão à praça. Foi ele quem nos uniu com a ideia: todos contra o ‘Partido dos Embusteiros e Ladrões’”, o nome usado por Navalny para se referir ao partido político Rússia Unida, de Vladimir V. Putin.
Há algumas semanas, Navalny, de 35 anos, era conhecido principalmente no limitado contexto da blogosfera russa. Mas depois das eleições parlamentares de domingo, 4, ele canalizou para a política de rua a raiva acumulada com os relatos de infrações eleitorais, convocando “nacionalistas, liberais, esquerdistas, verdes, vegetarianos e marcianos” por meio de sua conta no Twitter (135.750 seguidores) e do seu blog (61.184) para um protesto.
Navalny mobilizou uma geração de jovens russos por meio das mídias sociais, um salto bastante semelhante àquele que deu origem ao Ocupar Wall Street e aos levantes protagonizados por jovens de toda a Europa no decorrer deste ano.
A verdadeira dimensão do carisma de Navalny se tornou clara depois dos protestos da noite de segunda feira, 5. Estima-se que 5 mil pessoas tenham comparecido. Navalny foi detido sob acusação de resistir à polícia, recebendo uma sentença de 15 dias de prisão.
Durante toda aquela noite, enquanto a temperatura caía para abaixo de zero, os discípulos de Navalny mantiveram sua vigília do lado de fora da delegacia onde ele era mantido, atentos às atualizações da sua conta no Twitter. Alguém tinha espalhado o rumor de que estaria morto e nem seus advogados sabiam dizer ao certo onde ele se encontrava, ampliando a impressão de que Navalny - que reluta em se apresentar como líder político - estaria no centro de tudo que estava ocorrendo.
“Ele é o único homem capaz de se comunicar com todos os tipos de pessoas antenadas e modernas e levá-las às ruas”, disse Anton Nikolayev, de 35 anos, que passou boa parte da terça feira do lado de fora do tribunal, na esperança de ver Navalny. “Trata-se de alguém que poderia derrotar Putin se tivesse a oportunidade.”
Essa afirmação pode parecer exagero. Putin, agora no seu 12.º ano como grande líder da Rússia, conta com uma sólida aprovação. Há três semanas, o instituto Levada apurou que 60% dos russos entrevistados não estavam nem mesmo dispostos a considerar algum dos membros da oposição a Putin como candidato à presidência. Somente 1% dos entrevistados na pesquisa citaram Navalny, cujas opiniões são divulgadas pelo Twitter e pelos seus blogs, Navalny.ru e Rospil.Info.
Mas os efeitos das eleições parlamentares do dia 4 abalaram as suposições políticas, principalmente porque as autoridades parecem incapazes de retomar o controle do discurso público. “Durante uma década, a pauta política da Rússia foi determinada dentro do Kremlin, onde estrategistas escolhiam e promulgavam os temas do debate público”, disse Konstantin Remchukov, editor do diário Nezavisimaya Gazeta.
“E agora, poucos dias depois da eleição, a pauta política está sendo definida por outras pessoas”, como o antigo líder da oposição Boris Y. Nemtsov e Navalny, disse ele. “Isso era totalmente imprevisível.”
Navalny tem boa aparência, traços nórdicos, um ácido senso de humor e nenhuma filiação política. Cinco anos atrás, ele deixou o partido liberal Yabloko frustrado com as disputas internas e o isolamento em relação à opinião da maioria dos russos. Os liberais, por sua vez, têm sérias reservas em relação a ele, pois Navalny defende opiniões associadas ao nacionalismo russo. Ele já apareceu falando ao lado de neonazistas e skinheads e certa vez estrelou um vídeo que comparava militantes de pele escura do Cáucaso a baratas. Embora as baratas possam ser mortas com um chinelo, dizia ele, “no caso dos humanos, recomendo a pistola”.
O que leva as pessoas a Navalny não é sua ideologia, mas sua confiança ao desafiar o sistema. Com seu treino de advogado do setor imobiliário, ele recorre a dados - em seus sites, documenta casos de roubo nas empresas administradas pelo Estado - e a um implacável e corrosivo desprezo. “Partido dos Embusteiros e Ladrões” é uma expressão que caiu na boca do povo com uma rapidez surpreendente, provocando estrago na marca política do Rússia Unida.
Navalny transmite uma confiança serena em que os eventos estejam convergindo, lenta e inexoravelmente, contra o Kremlin.
“A revolução é inevitável”, disse à edição russa da revista Esquire, em entrevista publicada neste mês, “simplesmente porque a maioria das pessoas compreende que o sistema está errado. Quando estamos na companhia de burocratas os ouvimos comentar a respeito de quem roubou tudo, dos motivos pelos quais nada funciona e de quão horrível toda a situação é.”
Foi menos definitivo ao comentar o futuro que imaginava para o país, dizendo apenas esperar que a Rússia “se assemelhe a um imenso Canadá irracional e metafísico”. Com Navalny ganhando destaque, o ex-prefeito de Moscou Yuri M. Luzhkov disse que pensaria em ir a um protesto se Navalny o convidasse. Uma referência absolutamente impublicável ao blogueiro foi reproduzida da conta do Twitter do presidente Dmitri A. Medvedev, levando a assessoria de imprensa presidencial a emitir comunicado explicando que a mensagem fora enviada por um funcionário do suporte técnico “num procedimento rotineiro de mudança de senha”.
O Rússia Unida publicou um ataque contra Navalny, descrevendo seu ativismo como “típica autopromoção imunda”. A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, emitiu um pronunciamento sobre ele. A firma de consultoria Medialogia documentou um súbito aumento no número de referências feitas a Navalny na mídia jornalística russa, que passaram de algumas centenas por dia para cerca de 3 mil. As pessoas começaram a divulgar um site que o promovia como candidato para a eleição presidencial de março. Até mesmo os céticos admitem que Navalny conseguiu reunir uma multidão que não existia.
“Essas pessoas nunca tinham se reunido num mesmo lugar antes”, escreveu Grigory Tumanov, repórter do Gazeta.ru. “Elas se limitavam a acompanhar o Twitter, mas pareceu-lhes claro que a atual situação exigia que fossem a algum lugar, fizessem alguma coisa, se unissem em torno de alguém, porque as coisas tinham chegado a um ponto intolerável. Que esse alguém seja Navalny, com todas suas qualidades e defeitos.”
Na audiência da sua apelação, no dia 7, Navalny parecia cansado e enojado. Seus partidários encontraram vídeos amadores mostrando que ele não tinha resistido à prisão e que os policiais que testemunharam contra ele não foram os mesmos que o detiveram, mas o juiz se recusou a analisar essas provas. Uma fotografia tirada do lado de fora do centro de detenção mostrava Navalny agarrado às barras da janela da cela, olhando para fora com uma expressão dura e pétrea.
“Há pessoas reunidas aqui que não foram recrutadas por ninguém”, disse Viktor Masyagin, de 28 anos, do lado de fora do tribunal no início da semana. “Ninguém nos trouxe aqui de ônibus, ninguém nos pagou para vir, mas viemos mesmo assim, e já estamos aqui há mais de um dia. Isso deve dar uma ideia da nossa motivação.” / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL


FOME

Mais de 2,5 milhões de sul-sudaneses estão em situação crítica de fome, afirma PMA
16 de dezembro de 2011 · Notícias - ONU


A combinação de lavouras danificadas, conflitos e insegurança ameaça deixar mais de 2,5 milhões de sul-sudaneses em situação crítica de fome, incluindo 500 mil crianças, grávidas e mães lactantes. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) pediu na quinta-feira (15/12) assistência de 92 milhões de dólares para os primeiros quatro meses de 2012.
“O preço dos alimentos já dobrou ou triplicou em algumas áreas, deixando centenas de milhares de crianças vulneráveis à desnutrição”, afirma o Diretor do PMA no Sudão do Sul, Chris Nikoi.
Nos últimos dias, chuvas irregulares foram responsáveis pela destruição de lavouras. O fechamento das fronteiras entre Sudão e Sudão do Sul está dificultando a troca de alimentos. Além disso, ainda há conflitos étnicos internos, presença de milícias e problemas de refugiados no Sudão do Sul.
Outro objetivo da assistência do PMA é ajudar comunidades e famílias a serem autossuficientes e produtivas em meio à infraestrutura deficiente combinada com problemas de insegurança e períodos de chuva a partir de março.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

AMAZÔNIA BRASILEIRA.

15/12/2011 17h02 - Atualizado em 15/12/2011 17h05
50% temem que Brasil seja atacado por causa da Amazônia, diz Ipea
Pesquisa foi feita com 3.796 pessoas em todo o país; margem de erro é 5%. Foi 1ª pesquisa realizada pelo Ipea de percepção sobre segurança nacional.
Naiara Leão Do G1, em Brasília
Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que 50% dos entrevistados acreditam "totalmente" ou "muito" que nos próximos 20 anos o Brasil será alvo de agressão militar estrangeira em função de interesses sobre a Amazônia. Outros 45% creem que o Brasil poderá ser atacado por causa das bacias do pré-sal.
Os dados integram o Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) do Ipea, que, nesta edição, mediu o temor da população a ameaças. Segundo o Ipea é a primeira vez que o instituto analisa o temor da população sobre questões de segurança nacional.
Foram ouvidas 3.796 pessoas nos 26 estados e Distrito Federal. A margem de erro é de 5%, informou o Ipea, instituto vinculado à Presidência da República.
Para os pesquisadores do instituto, a quantidade de pessoas que teme conflitos relacionados à Amazônia ou ao pré-sal é "surpreendente", principalmente se comparado com outros números que mostram que, em ambos os casos, apenas cerca de 30% dos entrevistados descarta a ocorrência de um conflito por estes motivos. Os que acreditam "razoavelmente" na possibilidade de guerra são 17%.
Os pesquisadores destacaram também o fato de que na região Norte o percentual dos que temem "muito" os conflitos na Amazônia é de 66%.
"O percentual dos que estão na Amazônia, na região Norte, é muito alto. Ainda que isso [conflitos militares] não esteja no cotidiano, há uma mensagem clara de que essa preocupação já existe e fica maior ainda para o futuro", disse o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea Edison Benedito.
Para a chefe da assessoria técnica da presidência do Ipea, Luciana Acioly, os números mostram que a população está mais atenta a temas ligados ás riquezas do país, especialmente por causa da discussão sobre a divisão das receitas do petróleos, os royalties, que acontece no Congresso.
Além disso, as pessoas tem percebido a maior importância do Brasil no cenário internacional, de acordo com Luciana.
"Esse protagonismo brasileiro, essa importância que o Brasil está ganhando no mundo leva a população a perceber quais as encruzilhadas em que nos encontramos", afirmou.
A pesquisa mostrou também que 34% dos entrevistados temem que o Brasil entre em guerra com outro país. Quando indagado sobre os países que representam ameaça, a maioria (37%) citou os Estados Unidos. O país, porém, foi também o mais citado (32%) como possível aliado.
"As pessoas ainda se veem ameaçadas com pais que tem capacidade militar sem paralelo. Ao mesmo tempo, as empresas americanas exportam, investem e a possibilidade de parceria é muito elevada. Essa ambiguidade decorre da variedade e da versatilidade do poder dos EUA", disse o técnico de pesquisa e planejamento, Rodrigo Fracalossi.
Além do temor de guerra, os entrevistados responderam que têm medo do crime organizado (54%), como tráfico de drogas e armas, de desastres ambientais ou climáticos (38%), de epidemias (30%) e terrorismo (29%).

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

SÍRIA

ONU estima em mais de cinco mil os mortos em revoltas na Síria
13 de dezembro de 2011 · Notícias - ONU

As Nações Unidas estimam que mais de cinco mil civis sírios morreram desde o início das revoltas contra o governo Bashar al-Assad em março desse ano. A Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, disse que pelo menos 300 mortos seriam crianças. As mortes de membros do exército, forças de segurança e grupos aliados ao governo não foram incluídas nas estatísticas.
“Estou horrorizada com o fluxo constante de graves violações que têm ocorrido desde os primeiros protestos na Síria, em março. Estou preocupada que essa repressão contínua implacável e as provocações sectárias, especialmente em Homs, poderão em breve mergulhar a Síria numa guerra civil”, alertou Pillay.
Relatos fornecidos ao Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) indicam o deslocamento de tanques e armas nos últimos dias, a instalação de postos de controle e a escavação de trincheiras nas redondezas de Horms, cidade onde já aconteceram muitas manifestações. Os relatos não foram confirmados, pois o ACNUDH não tem permissão para atuar em território sírio