sábado, 25 de fevereiro de 2012

Regime sírio retoma bombardeios contra Homs, apesar de ação da Cruz Vermelha
Cairo, 25 fev (EFE).- Os bombardeios das tropas do regime sírio contra a cidade de Homs, especialmente contra o bairro de Baba Amr, foram retomados neste sábado, apesar das negociações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para retirar os feridos da cidade, entre eles jornalistas ocidentais.
A informação foi dada à Agência Efe pela porta-voz do grupo opositor Comitês de Coordenação Local (CCL), Rima Flihan. Segundo ela, o CICV continua as conversas com as autoridades sírias para empreender a retirada dos feridos em estado de saúde mais grave.
Flihan explicou que, nesta sexta-feira, foi possível levar algumas mulheres e crianças de Baba Amr a outros bairros, mas destacou que ainda restam muitos civis sitiados na área, um dos principais redutos da oposição ao regime Assad.
Desde o início deste sábado caíram bombas e foram ouvidas várias explosões em Baba Amr. O bairro de Hamidiya também foi alvo dos bombardeios, enquanto vários estabelecimentos comerciais foram incendiados.
A ativista dos CCL disse que, por enquanto, não tem informações sobre a situação dos jornalistas estrangeiros que se encontram em Baba Amr.
Na quarta-feira passada, os bombardeios no bairro mataram a repórter americana Marie Colvin e o fotógrafo francês Rémi Ochlik e feriram a repórter francesa Edith Bouvier e o britânico Paul Conroy.
Os CCL informaram nesta sexta-feira à noite que membros do Crescente Vermelho, entidade ligada ao CICV, haviam entrado em Homs, mas que as forças de segurança do regime de Bashar al-Assad negaram a entrada da entidade humanitária ao bairro.
Já as autoridades sírias acusam "grupos armados" pelo fracasso da missão ao "bloquear o processo de evacuação e rejeitar entregar os feridos e os corpos".
Neste sábado, os CCL registraram a morte de pelo menos 20 pessoas na Síria: 12 em localidades diversas da província de Hama, cinco em Homs e três nos arredores de Aleppo.
Nesta semana, o CICV anunciou que realizava contatos com o regime sírio e os opositores para conseguir uma interrupção das ações armadas com o objetivo de entregar ajuda humanitária, especialmente a Homs, onde a situação se mostra grave, segundo os opositores, que advertem para a escassez de alimentos e remédios na cidade, além do corte de energia e das comunicações. EFE