segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Rússia diz ter frustrado atentado de islamitas contra Putin
Por Por Nicolas Miletitch | AFP – 1 hora 6 minutos atrás
A Rússia anunciou nesta segunda-feira que seus serviços secretos e os ucranianos frustraram um atentado planejado por islamitas chechenos para assassinar o primeiro-ministro, Vladimir Putin, depois das eleições presidenciais de 4 de março, nas quais o chefe de governo é considerado favorito.
"Os preparativos tinham terminado. O atentado devia ser realizado depois da eleição presidencial", declarou um dos dois homens detidos neste caso, Adam Osmayev, um checheno de 31 anos, filmado durante um interrogatório pelo canal de televisão Pervyi Kanal, favorável ao Kremlin.
O porta-voz de Putin, Dimitri Peskov, os serviços secretos russos e ucranianos confirmaram a existência de uma tentativa de atentado contra o homem forte da Rússia.
A conspiração foi descoberta pelo serviço secreto ucraniano, após a explosão de uma bomba em 4 de janeiro em um apartamento de Odessa (sul da Ucrânia), que deixou um morto.
De acordo com o Pervyi Kanal, duas pessoas foram detidas e uma delas reconheceu que trabalhava para Duku Umarov, líder da rebelião islamita no Cáucaso russo e "inimigo número um" do Kremlin.
Segundo altos comandos do FSB (serviços secretos russos), consultados pela televisão, Adam Osmaiev revelou a existência de explosivos escondidos no centro de Moscou, perto da avenida Kutuzovski, uma via por onde costumam passar o carro de Putin e sua comitiva.
Estes explosivos eram "suficientemente potentes para destruir um caminhão", informou à AFP um oficial do FSB que pediu para não ser identificado.
Segundo a mesma fonte, o laptop de Osmayev, apreendido pelo FSB, continha vários elementos relacionados com o dispositivo de segurança que rodeia os deslocamentos de Vladimir Putin, acrescentou a fonte.
O segundo suspeito detido, Ilvi Pianzin, de 28 anos, cidadão do Cazaquistão, informou que o grupo, que chegou dos Emirados Árabes Unidos, passando pela Turquia, devia aprender na Ucrânia a fabricar bombas antes de viajar a Moscou para explodir edifícios e finalmente tentar assassinar Vladimir Putin.
Especialistas se perguntaram porque as autoridades russas aguardaram a semana da eleição presidencial para divulgar o caso.
Trata-se da sexta tentativa de assassinato de Vladimir Putin, segundo um cálculo feito pela imprensa russa.