domingo, 30 de junho de 2013

COMANDO MILITAR DO NORTE - CMN

Comando Militar do Norte é ativado
Belém – No dia 26 de junho, o General de Exército Oswaldo de Jesus Ferreira assumiu o cargo de Comandante Militar do Norte.
Criado pela Portaria nº 142, de 13 de março de 2013, do Comandante do Exército, o Comando Militar do Norte é o oitavo Comando Militar de Área do Exército e abrange os Estados do Amapá, do Maranhão e do Pará.
Com este novo comando, a Força Terrestre ampliará a presença militar na Amazônia Oriental, criando melhores condições para as ações de planejamento, gestão e execução das atividades de defesa, segurança e proteção.
Estiveram presentes à cerimônia, o Governador do Pará, Senhor Simão Robison Oliveira Jatene, o Comandante do Exército, General de Exército Enzo Martins Peri, oficiais-generais do Alto-Comando do Exército, oficiais-generais e convidados civis e militares.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Aumenta consumo de cocaína no Brasil, diz relatório da ONU
26 de junho de 2013 · Destaque - ONU


Uso da droga é estimada em 1,75% no geral e 3% entre os estudantes universitários.

Fotografia: UNODC/Enrico Fabian
De acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas 2013, lançado nesta quarta-feira (26), o Brasil apresentou aumento no uso de cocaína pela população em geral.
Dados atuais afirmam que a prevalência estimada do uso da substância entre a população geral é estimada em 1,75%, consistente com a tendência do consumo da droga no país.
Dentre os estudantes universitários nas 27 capitais brasileiras, a prevalência anual do uso de cocaína era de 3% segundo estudo de 2011 da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas.
O documento foi produzido pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e ressalta que o Brasil desempenha um papel importante no mercado global de cocaína tanto como um destino quanto país de trânsito.
As extensas fronteiras terrestres do país com os três principais países que são fontes da droga – Bolívia, Colômbia e Peru –, sua grande população, significativos níveis de uso de ambos pó de cocaína e crack, bem como o fácil acesso ao Oceano Atlântico para o tráfico em direção à África e à Europa são fatores que contribuem para esse papel.
O UNODC lembrou que em 2011 mais da metade da cocaína apreendida no Brasil tinha origem na Bolívia (54%), seguida pelo Peru (38%) e Colômbia (7,5%). A Bolívia, o único país entre os três principais de origem que não tem acesso direto ao mar aberto, identificou o Brasil como o maior destino planejado para a cocaína apreendida.
Maconha e as ‘novas substâncias psicoativas’ registram crescimento no mercado nacional
O relatório também destacou que o número de apreensão de cannabis – popularmente conhecida como maconha – foi praticamente o mesmo em 2010 e 2011, com 885 e 878 casos, respectivamente. No entanto, a quantidade total da substância que foi apreendida passou de 155 toneladas em 2010 para 174 toneladas em 2011, o terceiro aumento consecutivo.
Em relação à propagação de novas substâncias psicoativas (NSP), o Brasil relatou o surgimento de mefedrona e de DMMA (uma feniletilamina) em seu mercado. Conforme uma pesquisa domiciliar anterior realizada no país em 2005, a taxa de prevalência na vida toda para o uso de ketamina era de 0,2% entre pessoas de 12 a 65 anos. Tal registro foi equivalente ao uso ao longo da vida da merla, uma variante da pasta-base de coca fumável e com maior prevalência do que o uso de heroína (0,09%).
A mesma pesquisa destacou que a “Benflogin” (benzidamina), outra NSP, apresenta taxa de prevalência de 0,4% na vida toda entre a faixa etária de 12 a 65 anos. O medicamento age localmente para o tratamento de inflamações da boca e da garganta, mas é tomado em doses elevadas e usado indevidamente no Brasil e em alguns outros países como um estimulante do sistema nervoso central e delirante (classe especial de alucinógenos).
Na América Latina, outros países também observaram registros de NSP: Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá e Uruguai. As NSP relatadas incluíam ketamina e substâncias à base de plantas, seguidas de piperazinas, catinonas sintéticas, feniletilaminas e, em menor extensão, os canabinoides sintéticos.
Sobre a apreensão de “ecstasy”, o UNODC lembrou que em 2011 o Brasil relatou as maiores apreensões da substância desde 1987, totalizando 70 kg. Na última década, a maioria das apreensões anuais relatadas pelo Brasil ficaram abaixo de 1 kg.
Aumento na taxa de prevalência por dirigir sob efeito de drogas
De acordo com o UNODC, a taxa de prevalência por dirigir sob o efeito de drogas não é tão conhecida mundialmente, no entanto, estudos recentes do Brasil, Europa e Estados Unidos indicam que este registro pode ser mais comum do que se pensava.
No Brasil, um estudo de 2010 com 3.398 motoristas descobriu que 4,6% deles testaram positivo para alguma substância ilícita. Destes, 39% foram para cocaína, 32% para tetrahidrocanabinol (THC) – cannabis –, 16% para anfetaminas e 14% para benzodiazepinas.
Em outra pesquisa no Brasil, testes de drogas em pacientes que foram admitidos no pronto socorro após acidentes de trânsito mostram que estes eram mais propensos a terem cannabis em seu sistema do que o álcool.

General brasileiro a Conselho de Segurança da ONU: Forças de Paz precisam de tecnologia avançada
27 de junho de 2013 · Destaque - ONU


General brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz (esq.) fala ao Conselho de Segurança da ONU. Foto: ONU/Devra Berkowitz
Na medida em que forças inimigas estão cada vez mais recorrendo ao uso da tecnologia militar sofisticada, há uma maior necessidade de as Forças de Paz igualarem essa capacidade, disse o comandante militar da Missão das Nações Unidas de Estabilização na República Democrática do Congo (MONUSCO), o general de divisão brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, ao Conselho de Segurança da ONU.
Santos Cruz e mais dois comandantes militares de Missões de Paz da ONU na África enumeraram nesta quarta-feira (26) ao Conselho o que necessitam para auxiliar os soldados sob seu comando e as autoridades locais a proteger civis.
“Uma maior utilização de tecnologia militar avançada por Forças de Paz da ONU é necessária, tanto para minimizar as vulnerabilidades como para capitalizar as oportunidades”, afirmou Santos Cruz. “Esta é uma área que precisa ser continuamente monitorada se for para a Força de Paz da ONU evitar ser ultrapassada e ter sua eficácia reduzida.”
Segundo o brasileiro, o tema é particularmente relevante para a MONUSCO, que deve receber veículos aéreos desarmados não tripulados em setembro para combater ameaças iminentes à população civil. Esses veículos seriam usados para identificar as sedes e informações de grupos armados e seus centros de logística.
Ao mesmo tempo, o uso de tal tecnologia militar avançada tem seus próprios desafios que devem ser superados, disse Santos Cruz. Isso inclui a gestão mais difícil do espaço aéreo, mais operadores e analistas qualificados e a polarização da opinião popular.
A reunião anual dos comandantes de Forças de Paz dura uma semana e busca compartilhar ideias sobre os objetivos de apoio aos esforços de paz e os desafios sobre como lidar com problemas comuns.

BUSCA E RESGATE - "Fazemos grandes missões em prol da vida", diz veterano homenageado

A Base Aérea de Campo Grande (BACG) celebrou nesta quarta-feira (26/06) o Dia da Aviação de Busca e Salvamento com uma cerimônia que encerrou também a XXV Reunião de Aviação de Asas Rotativas (RAAR), evento que reuniu esquadrões de helicópteros da Força Aérea Brasileira.
Presidida pelo Comandante do Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), Tenente Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, a solenidade foi marcada pela homenagem ao veterano do Esquadrão Pelicano, suboficial Hélio Ferreira Vallim. O militar participou da missão histórica que deu origem ao Dia da Aviação de Busca e Resgate.
Em 1967, a maior operação realizada pela FAB, até então, mobilizou trinta e duas aeronaves, durante dez dias, para localizar na selva Amazônica, um C-47 que transportava um pelotão de Infataria da Aeronáutica. De 25 militares a bordo, cinco sobreviveram ao acidente. O suboficial Vallim foi o primeiro a avistar naquele 26 de junho os destroços da aeronave 2068. "Esta foi a primeira, mas fizemos grandes missões e grandes realizacões em prol da vida", disse Vallim.
Durante a cerimônia realizada no hangar por causa do mau tempo, comandantes de unidades aéreas e ex-comandantes também foram homenageados com a medalha "Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura", ícone de operacionalidade.
Aos participantes da XXV RAAR, a II Força Aérea entregou o troféu eficiência aos pilotos e tripulantes que mais se destacaram ao longo do ano passado. "É uma forma de reconhecer a dedicação e a operacionalidade desses militares", explica o Comandante da II FAE Brigadeiro do Ar José Rodrigues de Alencastro. Ao longo de quatro dias, pilotos e tripulantes de helicópteros reunidos em Campo Grande aprimoraram doutrinas, técnicas operacionais e debateram temas como segurança de voo e logística.
Participaram do intercâmbio operacional os esquadrões Falcão(1º/8º GAV), Poti(2º/8º GAV), Puma(3º/8º GAV), Pantera(5º/8º GAV), Harpia(7º/8º GAV), Pelicano(2º/10º GAV), Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS) além do Esquadrão Gavião(1º/11ºGAV). O Comandante do COMGAR lembrou que o uso de helicópteros em missões de busca e salvamento é fundamental. "As imagens dos helicópteros da FAB transportando vítimas do acidente de Santa Maria (RS) ainda estão na memória de todos", exemplifica o Brigadeiro Rossato. Veja entrevista.

Fonte: Agência Força Aérea


Novos carros de combate Gepard realizam primeiros tiros reais
Rio de Janeiro – Nos dias 22 e 23 de junho, o Exército Brasileiro realizou os primeiros tiros para testar o novo Sistema Antiaéreo Gepard, recém-adquirido para proteger estruturas estratégicas brasileiras e áreas sensíveis. No Centro de Avaliações do Exército, na restinga da Marambaia (RJ), oito viaturas Gepard acertaram alvos aéreos e terrestres, conduzidos por unidades da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea.

Cada blindado pesa 47 toneladas e meia, e tem quase quatro metros de altura e oito de comprimento. Possui dois canhões antiaéreos Oerlikon de 35 milímetros, que operam em conjunto com radares de aquisição de alvo e direção de tiro, ou seja, que acompanham o alvo mesmo se ele desviar, em uma torre de giro estabilizada montada sobre o chassi do Leopard 1, outro carro de combate que o Brasil já possui.

O sistema recentemente foi modernizado pelo Exército Alemão e adquirido como parte do Sistema de Defesa Antiaérea, sendo capaz de abater mísseis, aviões, helicópteros, veículos aéreos não-tripulados, foguetes e morteiros a até 5 km de distância e 3 km de altura.


Brasil e Libéria discutem possibilidades de cooperação em defesa

Brasília, 25/06/2013 – Os ministros da Defesa do Brasil, Celso Amorim, e da Libéria, Brownie Samukai, debateram, na manhã desta terça-feira, possibilidades de cooperação bilateral na área de defesa, principalmente no treinamento militar de praças e oficiais do país africano.

As propostas, discutidas em reunião bilateral em Brasília (DF), visam fortalecer as Forças Armadas da Libéria, que, atualmente, passam por processo de estruturação após o país ter enfrentado duas guerras civis.

De acordo com Amorim, o Brasil tem intensificado relações com a Libéria em setores como agricultura e formação profissional e está preparado para auxiliar a nação amiga “em áreas específicas de defesa e segurança”.

Já Brownie Samukai explicou que, desde 2006, quando o governo de seu país se reorganizou, oficiais das Forças Armadas vêm sendo treinados em instituições militares estrangeiras, inclusive profissionais aposentados que voltaram à ativa.

“Nosso Exército está tentando se desenvolver a partir de experiências como a do Brasil. E estamos aqui para ver possibilidades de cooperação em treinamento militar e demanda de armas e demais equipamentos bélicos”, disse.
Cooperação marítima

Durante a reunião, o ministro brasileiro informou que o navio-patrulha “Araguari” – última das três embarcações adquiridas pela Marinha do Brasil junto à
BAE Systems – passará pela Libéria durante seu trajeto em direção ao Brasil.

A travessia pela África acontecerá entre 23 e 26 de agosto deste ano, quando poderão ser realizados exercícios conjuntos com a Marinha liberiana.

Outra possibilidade de cooperação é a participação de militares liberianos em um seminário sobre busca e salvamento, que deverá ocorrer em Salvador (BA). Ao aprovar a ideia, o ministro da Libéria completou: “É preciso que tenhamos uma polícia costeira melhor. E, para isso, o aprendizado em operações de resgate também é algo que gostaríamos de ter”.
Exército e Força Aérea

No encontro foram debatidas, também, possibilidades de parceria nas áreas de atuação das forças Terrestre e Aérea. O comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, levantou a hipótese de treinamentos de militares da Libéria, no Brasil, voltados para operações de paz.

Já o chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, brigadeiro Marco Aurélio Mendes, disse que o aperfeiçoamento de pessoal pode ser estendido para a área da aviação, na formação de sargentos em tráfego aéreo.

Estiveram presentes na reunião, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi, e o comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
61 3312-4070

terça-feira, 25 de junho de 2013

HOMENAGEM - Catalineiros recebem homenagem da Guarnição de Aeronáutica de Belém

   
Um almoço comemorativo realizado na Base Aérea de Belém (BABE) na última sexta-feira, 21, promoveu o resgate histórico de 50 anos de aviação militar na Região Amazônica. Cerca de 60 membros da Associação Brasileira de Catalineiros (ABRA-CAT), militares que serviram nas aeronaves anfíbias PBY Catalina, utilizados pela Força Aérea Brasileira no desbravamento, integração e apoio aos mais isolados povos da amazônia, puderam reviver o passado e confraternizar com ex-companheiros, militares da ativa e familiares.
O almoço promovido pelo Comandante do Primeiro Comando Aéreo Regional (I COMAR), Major Brigadeiro do Ar Carlos Eurico Peclat dos Santos, e da Base Aérea de Belém, Tenente Coronel Aviador Marcos dos Santos Silva, inovou ao revitalizar uma aeronave Catalina, que foi aberta à visitação e contou com um toque de modernidade, já que foi instalado ar-condicionado para amenizar o calor, recurso inexistente à época.
Além dos comandantes das unidades da Guarnição de Aeronáutica de Belém e de militares da região, estiveram presentes o Major-Brigadeiro do Ar R1 Edilberto Telles Sirotheau Correa e o Cel Aviador Ref Ary Pereira Barbosa, catalineiro residente em Brasília, que fez uma pequena biografia do Tenente Aviador Pedro Henrique César, piloto de catalina acidentado na baía do Guajará em 1964, cuja placa de homenagem foi revitalizada no encontro.
“Esse foi um dia que marcará a vida de todos os catalineiros. Poder entrar em uma aeronave é como voltar no tempo e reviver momentos marcantes para todos nós. Em nome da ABRACAT agradecemos o carinho com que a Guarnição de Aeronáutica de Belém trata a história dos muitos que deram e dão a vida pela Amazônia”, ressaltou o Suboficial R1 João Alfredo de Oliveira, presidente da ABRA-CAT.

Fonte: I COMAR, BABE


CORAGEM

Delfim diz que não se arrepende de ter assinado o AI-5
PATRICIA BRITTO
DE SÃO PAULO
Atualizado às 13h15.
O economista e ex-ministro Antonio Delfim Netto disse nesta terça-feira (25) que não se arrepende de ter participado da elaboração do Ato Institucional nº 5, conhecido como AI-5, que endureceu a ditadura militar, suspendeu o direito de habeas corpus e instituiu a censura prévia.
"Se as condições fossem as mesmas e o futuro fosse opaco, eu repetiria. Eu não só assinei o AI-5, como assinei a Constituição de 1988", disse o ex-ministro, que foi um dos signatários do ato, em dezembro de 1968.
Delfim prestou depoimento na manhã desta terça-feira (25) à Comissão da Verdade da Câmara Municipal de São Paulo, que investiga crimes cometidos pela ditadura militar na capital paulista.
Ele foi ministro durante o regime militar, nos governos de Costa e Silva e Médici (Fazenda) e de João Baptista Figueiredo (Agricultura).
No depoimento, Delfim disse que o AI-5 foi necessário porque o país "estava num estado de desarrumação geral".
Segundo o ex-ministro, havia planos de promulgar uma nova Constituição e realizar uma eleição em setembro de 1969, restabelecendo o Estado de direito, o que não teria ocorrido porque o então presidente Costa e Silva sofreu um derrame cerebral uma semana antes da assinar a emenda constitucional que extinguiria o AI-5.
Após o derrame, Costa e Silva foi substituído por uma Junta Governativa Provisória, conhecida como Segunda Junta Militar.
Delfim Netto negou no depoimento que soubesse de casos de tortura quando participou do governo durante o regime militar. "Eu nunca ouvi dentro do governo nada sobre tortura. Em 1972, eu ainda perguntei para o [então presidente] Médici: 'Existe isso?', ele disse que não, que o que existia eram os conflitos de rua", disse.
O ex-ministro também negou ter informações sobre empresas que teriam financiado a repressão durante a ditadura militar.
"Eu não tenho nenhuma ideia se alguém financiou isso do setor privado. Eu nunca tive conhecimento disso. Não tinha nenhuma ligação entre o governo e esse processo", disse o ex-ministro. "Não tinha nenhuma relação entre os ministérios militares e os ministérios civis."
AUDIÊNCIA
Ontem, familiares de vítimas da ditadura pediram uma audiência com a presidente Dilma Rousseff para apresentar críticas aos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade e reivindicar uma reestruturação do grupo.
O pedido foi apresentado na segunda-feira (24) durante reunião da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, que representam as vítimas da ditadura militar, com dois membros da Comissão da Verdade, em São Paulo.
No encontro, os familiares fizeram uma série de críticas ao colegiado, instalado em maio do ano passado para apurar violações de direitos humanos cometidas pelo Estado no período de 1946 a 1988, que inclui a ditadura militar (1964-1986).

segunda-feira, 24 de junho de 2013

INTERPRETAR O QUE ESTÁ ACONTECENDO NO PAÍS FAZ PARTE DA QUESTÃO.
LUCLASGOMES
A Consciência Nacional existe e ela se mostra nas pessoas que estão se reunindo
para questionar a atual situação, batendo agora, na porta do nosso Brasil.As multidões que
estão nas ruas são formadas por uma parte da população que está insatisfeita com os rumos
que o Estado está dando, de forma autoritária, às questões importantes da vida nacional.
O Estado que recebe a delegação da Nação para organizar a sociedade não está
compreendendo, faz muito tempo, a necessidade, ou melhor, a obrigação dele de captar a
vontade nacional.
Tem agido com a imposição de ideias contrárias a essa vontade e por isso nós
estamos vendo reações claras a tudo que representa os poderes executivo, legislativo e
judiciário do Estado.
Ora, está faltando justiça; a impunidade está viva aos olhos da sociedade; pessoas
estão sendo queimadas vivas e mortas por meliantes cruéis; criminosos encarcerados estão
impondo suas vontades em algumas de nossas cidades, queimando ônibus, matando
policiais, destruindo caixas eletrônicos de bancos, utilizando menores de idade para suas
infrações e esses estão entendendo claramente o crime que praticam impunemente; alguns
policiais têm sido flagrados a serviço de traficantes que despejam cada vez mais drogas
dentro do nosso Brasil e arrebanham uma legião de dependentes, cada vez maior, para esse
comércio sinistro.
O poder público se mostra cada vez mais leniente com os bandidos, aliviando suas
penas, pagando indenizações aos encarcerados, quando devia ser o contrário, deixando-os
sem um sistema de trabalho e reabilitação social e impondo à Consciência Nacional a culpa
por esses filhos da injustiça social; será que a sociedade concorda com essa interpretação
ideológica?
Está faltando saúde; as pessoas têm morrido nas filas e unidades de pronto socorro
dos hospitais públicos sem o mínimo de atenção com seu estado sanitário e pelos mais
variados motivos; está se decidindo trazer médicos estrangeiros para nossa Nação sem que
haja uma ampla discussão com os setores da sociedade sobre a diversidade dos problemas
da saúde pública no país, das quais a distribuição de médicos no território nacional é uma
delas. Entretanto, trazer médicos de outros países: é essa a solução que os brasileiros
desejam?
Está faltando educação; as escolas públicas e boa parte dos seus professores, do
ensino fundamental e médio, convivem, diariamente, com a precariedade do sistema
educacional e o poder público prefere gastar rios de dinheiro com eventos internacionais,
fizeram o acordo, mas não disseram à sociedade, na época, qual era a conta e como iria ser
paga. Esses eventos não vão melhorar a condição intelectual do nosso povo que continuará
relegado à ignorância, mas, trazem projeção política aos seus responsáveis.
Temos que considerar, também, a introdução de critérios no sistema educacional
público que ofendem claramente a busca e legitimidade do mérito intelectual como fator de
acesso aos níveis seguintes dos diferentes cursos; não dá pra melhorar o nível intelectual da
sociedade com medidas de aprovação por decreto.
No campo, uma das áreas mais proeminentes na formação de riqueza para o nosso
país, o Estado quer impor novas regras de demarcação de terras indígenas quando a
primeira preocupação deveria ser de como trazer os nossos irmãos indígenas para a
cidadania plena de brasileiros que são, respeitando seus traços culturais; índios também
querem fazer parte das conquistas tecnológicas da civilização brasileira. Entretanto, estão
sendo gerados conflitos desnecessários com fazendeiros e produtores rurais provocados por
equivocada visão ideológica de membros do poder público atual.
Há necessidade de se repensar o assistencialismo com o dinheiro público;
diagnosticar de forma efetiva e transparente para os contribuintes sobre quem continua
necessitando desse incentivo; um país se constrói com esforço de todo seu povo.
Infelizmente, existe no Estado, por interesse eleitoreiro, de uma legião de políticos, o real
desejo de perpetuar o sistema de bolsas de toda ordem com o dinheiro da Nação com vistas
a atender uma parte da sociedade, chamada de “menos favorecida”, que se faz condicionada
a esses benefícios sociais e se torna refém dessa nova vertente de escravidão, sem
perspectivas de receber da parte do poder público uma forma honesta e eficaz de sair dessa
escandalosa preservação da vala da miséria.
Um mecanismo dessa natureza, que quisesse realmente reverter a situação de
exclusão das pessoas atendidas, deveria estimular, de forma continua e eficiente, a saída
delas para o mercado de trabalho ao invés de condicioná-las ao sistema de troca de votos
com seus benfeitores políticos, que lucram com esse estelionato eleitoral moderno.
Não esqueçamos que a abrangência do assistencialismo corrói uma grande parte
dos impostos pagos pelos setores produtivos nacionais que não observam qualquer
preocupação do Estado em anunciar uma forma de saída desse círculo vicioso e isso causa
indignação; até quando vamos estimular a manutenção dessa sistemática eleitoreira em
detrimento da inclusão efetiva desses brasileiros no mercado de trabalho?
A sociedade não pode ser refém do Estado, pois, existem instrumentos
constitucionais para que ela seja ouvida nas questões de interesse nacional e apresente a sua
vontade. Quando ela elege seus integrantes na democracia moderna, ela não está dando um
cheque em branco pra que esses representantes façam o que quiserem com a Nação.
A parte do tecido social que está indignada representa a fatia de pessoas que
reflete sobre o momento atual do Brasil e consegue pensar no futuro, admitindo que o rumo
tomado não está bom e que a conta vai ser alta para seus filhos, lá na frente.
Essa é, em sua maioria, a parcela da população que, talvez, não tenha apostado na
presidente eleita, mas aceitou democraticamente o resultado das urnas.
Agora, está reclamando e revendo essa legitimidade, pois o barco tomou outros
rumos, a começar, no início, pelo desrespeito à nossa língua pátria – “Presidenta” é uma
palavra que não existe; mas que foi adotada por portaria presidencial publicada no Diário
Oficial da União.
Tem, também, a Comissão da Verdade que vai sendo usada para outros fins,
menos apurar os fatos reais. Afinal, a primeira que deveria dar o exemplo e contar o que
aconteceu seria a presidente que esteve envolvida de forma intensa com a luta armada.
Há, ainda, uma curiosidade da Nação, sobre os critérios adotados pelo poder
público para pagar altas indenizações financeiras com dinheiro dos contribuintes aos que se
dizem perseguidos políticos daquela época e por que não atenderam as vítimas dos
atentados da luta armada?
O povo nas ruas demonstra que está cansado das mentiras dos políticos, tipo “O
MENSALÃO NÃO EXISTIU”; os “mensaleiros” já foram condenados pelo STF, mas,
estão por ai, criminosos “coitadinhos”, dando as cartas no legislativo e no governo,
conspirando e usando de todas as formas para solapar e tirar do Poder Judiciário algumas
de suas atribuições, numa verdadeira afronta ao princípio de independência dos poderes e à
vontade nacional.
Ora, essa gente observa que o poder executivo adota, perante à Nação, uma
postura democrática a favor das liberdades de expressão e de imprensa, entre outras, e
assume, pragmaticamente, no meio internacional, uma posição de alinhamento com países
possuidores de governos autoritários e cerceadores dos direitos de seus cidadãos como:
Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador, Coreia do Norte, Irã, Argentina...
Existem questões, que as pessoas nas ruas querem mais transparência por parte do
poder executivo, como: por que a PETROBRAS perdeu tanto seu valor de mercado nos
últimos anos; por que o BNDES está financiando obras de infraestrutura nos outros países
se existe uma carência imensa nessa área dentro do Brasil; por que essa carga tributária
avassaladora sobre os contribuintes que só faz crescer; por que perdoaram a dívida de
milhões de reais de alguns países com o Brasil, será que a Nação já pode se dar ao luxo
desse desperdício de recursos?
O Poder Legislativo, composto por alguns brasileiros comprovadamente danosos
ao país, em sua grande maioria, está preso aos objetos de negociação do Executivo e seus
39 ministérios, um absurdo da gestão atual; continua fazendo, sempre que necessário, um
jogo de troca sem visar o interesse nacional em questões vitais para a evolução da
civilização brasileira em todos aspectos do poder.
Há, também, a figura do ex-presidente que insiste em falar à Nação, como se fosse
um exemplo de moralidade, acima de qualquer suspeita, quando, na verdade, deveria se
disponibilizar a responder pelas situações duvidosas em que se viu envolvido, desde então.
Tudo isso vem causando revolta e essa bola de neve tem mais questões do que
pudemos abordar, mas, é real que a sociedade está carente de um princípio organizador que
dite, desde cedo, os valores morais e cívicos que regem a Nação, nos lares, nas escolas, nas
igrejas e nos outros lugares do país; que garanta uma educação de qualidade onde a
profissão dos que formam as novas gerações e fazem evoluir a civilização, que é a profissão
mais importante da sociedade, o mestre, o professor, o educador, esteja valorizada e
atraindo os melhores expoentes sociais para seus quadros; onde todos estejam conscientes
de seus deveres e direitos e tenham pleno conhecimento da Constituição Federal e da
necessidade de ter os mais bem preparados moral e intelectualmente para exercer as
funções públicas em um sistema em que o povo saiba, a todo instante, quem é o seu
representante político; e quando eleitos esses homens públicos saibam usar os instrumentos
legais para se comunicar com a sociedade e fazer o que deseja a Consciência Nacional