quarta-feira, 30 de outubro de 2013

RONDÔNIA - ENERGIA

Linhão do Madeira já transportou 157 MW em outubro
30/10/2013 - 10:46

Montante refere-se ao teste de carga feito na semana passada
 
Mauricio Godoi, da Agência CanalEnergia

A primeira linha de transmissão que ligará a UHE Santo Antônio (RO - 3.300 MW) e a UHE Jirau (RO - 3.750 MW) à região Sudeste ainda precisará passar por mais testes este mês para ter a declaração de comercialidade. A previsão é de que em meados de novembro o empreendimento possa entrar em operação definitivamente. Segundo o gerente de operações da Cteep, Carlos Ribeiro, os próximos testes serão realizados em degraus de potência até o empreendimento alcançar sua potência nominal. Os testes na linha começaram a ser feitos em 10 de outubro com o que se chama de teste vazio, ou seja, coloca-se tensão na linha, mas sem a sua energização. Nessa oportunidade, contou Ribeiro, a tensão foi elevada até o limite de 600 kV sem o registro de nenhum problema.
 
Na última quarta-feira, 23 de outubro, a linha de transmissão, realizou o transporte de uma carga de 157 MW de Porto Velho (RO) a Araraquara (SP). Nessa oportunidade, foram feitos os testes das conversoras nas duas extremidades da linha.
 
Agora a fase de testes envolve a energização com cargas menores que vai sendo elevada em degraus de potência até alcançar a capacidade nominal da linha. "O mínimo que é necessário são 12 máquinas e que já estão disponíveis no Madeira. Como estamos começando a época de chuvas, agora é esperar que a geração fique maior aos poucos", disse o executivo à Agência CanalEnergia, durante o XIX Simpósio Jurídico promovido pela ABCE, entidade na qual é o presidente do Conselho de Administração.
 
Ele reforçou a previsão dada pela empresa na manhã desta terça-feira, 29, durante a teleconferência de resultados do terceiro trimestre de que a Aneel possa declarar a comercialidade do empreendimento em meados de novembro.

CRUZEX 2013 – Diretor fala sobre as novidades do maior exercício de combate aéreo da América Latina
Em entrevista à FAB TV, o diretor da CRUZEX Flight 2013, Brigadeiro do Ar Mário Luis da Silva Jordão, fala sobre a importância do maior exercício de combate aéreo da América Latina. Realizada pela Força Aérea Brasileira desde 2002, o treinamento traz novidades nesta edição. “Houve um processo evolutivo muito grande, de conhecimento, de incorporação de doutrinas, com isso conseguimos trazer mais países. Isso aumenta a interação entre as forças aéreas, aumenta a troca de conhecimento, padroniza ações para que a Força Aérea Brasileira possa atuar no cenário internacional em ações conjuntas com outras forças aéreas”, explica o oficial-general.
Neste ano o número de países participantes é recorde: nove. São mais de 90 aeronaves. Serão realizados voos de pacote com aproximadamente 75 aeronaves por missão. Haverá aumento do número de missões de transporte aéreo e participação de forças especiais. Além disso, o exercício realizado a partir da Base Aérea de Natal, no Rio Grande do Norte, incorpora a tecnologia do shot validation, um sistema que vai conferir mais precisão a validação do emprego dos armamentos nos exercícios de combate. 

O EXÉRCITO BRASILEIRO E A SAÚDE NA AMAZÔNIA


Hospital de Guarnição de Tabatinga – Nascimento da 1.000ª criança
Tabatinga (AM)
No dia 21 de outubro, o Hospital de Guarnição de Tabatinga (HGuT) comemorou o seu milésimo nascimento no ano, sendo, dessa forma, o hospital militar de maior movimento obstétrico do Brasil nos últimos anos. O HGuT atende, desde 1982, a toda a população da região do Alto Solimões, atualmente com mais de 200.000 mil habitantes, além de cidadãos colombianos, peruanos e haitianos. Com o início das atividades do Serviço de Pronto Atendimento e Maternidade de Tabatinga, o HGuT passará a dividir essa responsabilidade, encerrando uma etapa de três décadas em que foi a principal referência em obstetrícia na região.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

COVARDIA DE FILHOTES DE NAZISTAS

“Temos de contar com a sociedade repudiando a ação deles (Black Blocs).Eles não podem se sentir à vontade para se apropriar de manifestações legítimas.”
REYNALDO ROSSI,Coronel da PM de São Paulo espancado covardemente por desordeiros e desocupados em São Paulo.

Lavagem de dinheiro: ‘Este é um crime que aparenta não ter vítimas’, diz representante da ONU

29 de outubro de 2013 · Destaque

Ação da Polícia Federal, uma das instituições que combate a lavagem de dinheiro no Brasil. Foto: Ministério da Justiça

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e as instituições brasileiras que compõem a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA) marcam nesta terça-feira (29) o Dia Nacional de Prevenção à Lavagem de Dinheiro. O objetivo é promover a cultura de legalidade e conscientizar a sociedade sobre os problemas gerados esse crime.

“O público não sabe que por trás da lavagem de dinheiro está o crime organizado transnacional, o tráfico de drogas, o tráfico de armas, o tráfico de pessoas e a corrupção”, afirmou o representante do Escritório de Ligação e Parceria do UNODC no Brasil, Rafael Franzini.

“Este é um crime que aparenta não ter vítimas, por isso é importante conscientizarmos todo o público brasileiro – sociedade civil, setor privado e governo – para que todos saibam que a lavagem de dinheiro permite aos criminosos desfrutar de suas riquezas ilegais e empreender novos negócios ilícitos.”

O valor estimado de dinheiro lavado anualmente no mundo está entre 2% e 5% do PIB mundial, ou seja, algo entre 800 bilhões e 2 trilhões de dólares. Os recursos obtidos com a lavagem de dinheiro fomentam a criação de uma cultura de dinheiro fácil que se alojou na sociedade, criando situações de insegurança, ameaças, extorsão e corrupção.

A cada ano, esses recursos ilícitos asseguram o crescimento de grupos criminosos, a expulsão de seus concorrentes do mercado, o aumento de preço de bens e serviços, assim como a intimidação da população.

A campanha para marcar o Dia Nacional de Prevenção à Lavagem de Dinheiro foi criada por uma parceria do escritório do UNODC na Colômbia com a Organização Negócios Seguros e Responsáveis (NRS). Ela está sendo realizada em vários países da América do Sul, com o apoio da Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas da Organização dos Estados Americanos (CICAD/OEA) e do Grupo de Ação Financeira da América do Sul contra Lavagem de Dinheiro (GAFISUD).

 

Escassez de órgãos para doação estimula tráfico de pessoas, alerta relatora especial da ONU

28 de outubro de 2013 · Notícias

Um número crescente de pessoas são exploradas e obrigadas a fornecer seus próprios órgãos para serem transplantados em outras pessoas, denunciou a relatora especial da ONU sobre o tráfico humano, Joy Ngozi Ezeilo, na sexta-feira (25).

“A raiz do problema é uma aguda escassez de órgãos para transplante em todo o mundo e um descompasso entre a crescente demanda por transplantes e os estritos limites definidos nas fontes disponíveis”, disse a especialista em seu relatório anual para a Assembleia Geral da ONU.

Ezeilo também chamou a atenção para a falta de informação sobre a remoção de órgãos e afirmou que isso é resultado, principalmente, da natureza clandestina do tráfico e do fato das vítimas terem pouca oportunidade para denunciar, já que, em sua maioria, elas são pobres, desempregadas e com baixo nível educacional.

Estudos de casos analisados pela relatora mostram que as vítimas, em particular as do leste europeu, América do Sul e Ásia, são atraídas para vender seus órgãos com a promessa de grandes quantidades de dinheiro que quase nunca são pagas na íntegra.

O estudo também mostra que a assistência médica pós-operatória oferecida às vítimas é muitas vezes inadequada. Muitos sofrem exclusão social e enfrentam ameaças diretas para não denunciarem o tráfico.

Ezeilo ressaltou as deficiências nas leis e políticas sobre o tráfico de pessoas para a remoção de órgãos, inclusive a nível internacional. “Leis inadequadas não só evitam fortes respostas nacionais como também inibem a cooperação internacional”, afirmou.

Os Estados devem aumentar seus esforços para cumprir sua obrigação internacional para acabar com todas as formas de tráfico humano, inclusive para a remoção de órgãos, disse a especialista da ONU.

 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

"BLACK BLOCS" - ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Ponto Final - Uma organização criminosa
28/10/13 10:45 | Octávio Costa (ocosta@brasileconomico.com.br)

Se faltava uma imagem forte para mostrar a covardia dos Black Blocs e mostrar à opinião pública a insensatez de seus integrantes, já não falta mais
O bando que cercou e agrediu brutalmente o coronel Reynaldo Simões, da PM de São Paulo, desarmado e caído no chão, conseguiu provocar reação em todo o país. Acabou a paciência da sociedade.
Até mesmo a presidente da República, Dilma Rousseff, usou o twitter para manifestar sua indignação. "Presto minha solidariedade ao coronel da PM Reynaldo Simões Rossi, agredido covardemente ontem por um grupo de black blocs em SP", afirmou. E pôs a ação dos BBs no lugar que merece: "São barbáries antidemocráticas. A violência cassa o direito de quem quer se manifestar livremente. Violência deve ser coibida".
Até a sexta-feira, ainda havia muita gente com posições dúbias em relação aos ataques dos mascarados. Apesar dos seguidos atos de vandalismo, dizia-se que eles tinha o direito de manifestar seu descontentamento com os poderes instituídos. Os BBs eram tratados como jovens românticos a lutar por causas justas. Por mais espantosas que fossem as cenas de quebra-quebra e o total desrespeito às regras mínimas de civilidade, artistas consagrados, como Caetano Veloso, revelaram simpatia pelos pretensos carbonários. E desfilaram com panos pretos em volta a cabeça, a exemplo do ex-presidente da Mangueira Ivo Meirelles em sua apresentação no Rock in Rio. Muitos sequer admitiam que eles fossem chamados de vândalos, apesar do rastro de destruição que deixam por onde passam.
Vândalos, não! É o que diziam, no Rio, os ingênuos defensores do bando de oportunistas que se infiltrava em manifestações justas de professores em greve, aproveitando o final dos protestos para destruir bens privados e públicos. Professores, ao que se sabe, não atacam caixas de banco, nem queimam ônibus e lixeiras. Isso é coisa de marginal travestido de anarquista.
Em evento na semana passada, o ex-presidente Lula lembrou o tempo em que liderou a mobilização de milhares de metalúrgicos em São Bernardo Campo. Sem atos de violência, as assembleias com números recordes de trabalhadores chamavam atenção de todo o país e davam seu recado ao poder público, ainda nas mãos dos militares. Os eventos históricos tinham foco preciso e ajudaram a apressar o fim da ditadura. "Eu fiz movimento de rua. Eu nunca coloquei uma máscara porque nunca tive vergonha do que fiz. Nunca!", atacou Lula. E lembrou que não existe solução fora da política e da democracia. "Quando não tem isso, vem o fascismo. É o nazismo. É a ditadura."
A máscara caiu, finalmente. A imagem do coronel que só escapa vivo dos marginais graças à ajuda de um destemido policial armado está correndo o mundo. Também são estranhas as imagens dos repórteres de rede social assistindo a tudo, quase cúmplices. Já o coronel, mesmo ferido, pediu tranquilidade a seus comandados.
Que fique claro de uma vez por todas. Os Black Blocs nada têm a ver com os movimentos de jovens desencantados com a política. São bandidos. Apenas isso. Como afirmou o major da PM paulista Mauro Lopes, "para nós, é uma associação criminosa". É assim que a questão deve ser tratada pelo Estado. A recomendação, agora, partiu da própria presidente Dilma: "A Justiça deve punir os abusos, nos termos da Lei". Ou seja, contra os Black Blocs, aplique-se a Lei.


Informe New York - Guerra permanente. Dentro e fora

28/10/13 11:15 | Heloísa Villela (heloisa.vilela@brasileconomico.com.br)

 

Em guerra permanente, EUA caminham para isolamento político

Uma avó de 68 anos colhia vegetais no campo quando foi explodida em pedaços, diante da neta, por um míssil lançado por um avião-robô dos Estados Unidos no Paquistão. O americano Matthew Stewart, de 37 anos, cultivava uns pés de maconha no porão de casa, em Ogden, estado de Utah, quando uma equipe de combate a narcóticos arrebentou a porta da casa dele com um bate-estaca em uma noite de janeiro de 2011. Assustado com o barulho, ele pulou da cama armado e durante 20 minutos, o veterano da guerra do Iraque trocou tiros com a polícia. Um policial morreu, cinco ficaram feridos e Matthew passou um mês no hospital antes de ser levado à cadeia para aguardar o julgamento por assassinato. Ele abreviou o processo com uma corda amarrada à grade da cela. Causa da morte: suicídio.

Utah é um estado conhecido pelo conservadorismo exacerbado. Mas a prisão e morte de Matthew, há três anos, deflagraram um movimento forte pela desmilitarização da polícia. Por práticas mais humanas de manutenção da segurança pública. O cerco à casa de Matthew não foi um incidente isolado no estado ou no país. A polícia tinha outras opções: interpelar o rapaz a qualquer hora do dia e revistar o porão da casa dele com um mandado de busca na mão. Deslocar um detetive para a porta do trabalho de Matthew e ali, certo de que o suspeito não estava armado, dar a voz de prisão. Nada disso, aparentemente, ocorreu aos policiais. Eles preferiram a ação turbinada, a adrenalina consagrada nos milhares de filmes e programas de tevê que idolatram os heróis da farda e do uniforme.

No Paquistão ou no subúrbio de Ogden, os Estados Unidos são um país em guerra. Permanentemente. Guerra que um governo declara, o seguinte leva adiante e elas não terminam nunca. O ex-presidente Richard Nixon cunhou o termo Guerra contra as Drogas em 1971. Entrou para a história como autor do pontapé no processo. Na verdade, ele reduziu a sentença mínima obrigatória para usuários de maconha e exigiu a criação de programas de tratamento para drogados. Foi George H. W. Bush (o pai) que incentivou a participação da CIA e do exército nas operações de combate às drogas. De lá para cá, o governo federal passou a financiar esta guerra interna nos estados. Ogden é apenas mais um exemplo. A unidade de combate aos narcóticos é financiada pelo governo federal sob a rubrica da Guerra contra as Drogas.

Radley Balko lançou, em julho, o livro "Ascensão do policial guerreiro: a militarização da força policial americana". O autor e jornalista diz que as autoridades do país reagiram aos protestos dos anos 60 com a invenção da SWAT, unidades fortemente armadas que levaram para as ruas do país as táticas militares. Ao mesmo tempo, novas guerras foram sucessivamente declaradas. Contra as drogas, com Nixon, contra a pobreza, com Reagan, programas especiais de policiamento no governo Clinton, a famosa Guerra contra o Terror, nos anos Bush, herdada e levada adiante por Obama. Para levar a cabo todas essas guerras, surgiu, se estabeleceu e cresceu uma enorme indústria que fabrica equipamentos, armas, toda a parafernália que passou a ser usada e se tornou necessária.

No Paquistão ou em Ogden, o que se vê é um distanciamento cada vez maior das forças armadas ou policiais, que veem moradores, longe dos Estados Unidos ou nos subúrbios do país, como os inimigos. Os outros. Os que devem ser combatidos. A mentalidade bélica permeia as relações desse aparato policial-militar com a sociedade. Quanto menos envolvimento com as vidas que estão do outro lado, mais fácil continuar lutando.

Por isso também a construção, sem cerimônia, do maior programa de espionagem do planeta. O perigo pode estar em qualquer parte. Pode partir até mesmo do telefone celular de um aliado, como a chanceler alemã Angela Merkel. O perigo que ela representa não pode se encaixar nos parâmetros do combate ao terror. Mas os interesses econômicos são tão vitais quanto a sobrevivência a um possível ataque terrorista. E a mentalidade do vale tudo, certa da impunidade, não viu problema algum em ouvir as conversas da aliada, como fez também com o presidente da França, François Hollande, com Dilma Rousseff, com o presidente do México... Ao todo, até onde já se sabe, 35 líderes mundiais foram vítimas de espionagem direta por parte da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos. Guerra é guerra.

Merkel ficou lívida. Não pode parecer fraca e vulnerável diante dos eleitores alemães. Por isso mobilizou a União Europeia. Uma comissão de representantes do Parlamento Europeu desembarca hoje em Washington para cobrar explicações e medidas. Barack Obama terá que se explicar e tomar uma atitude mais firme. Ele não pode colocar em risco alianças tão essenciais como são as colaborações com a Alemanha e França. A Casa Branca passa por um momento complicado. Alianças de longo prazo estão na corda bamba, como é o caso da Arábia Saudita.

Dizem os especialistas que o aumento da produção doméstica de petróleo e gás, graças à exploração das camadas de xisto com o "fracking" (o fraturamento hidráulico das rochas), está transformando a geopolítica. Com a perspectiva de autossuficiência em mais uma ou duas décadas, os Estados Unidos estariam se sentindo à vontade para adotar políticas mais independentes dos interesses da Arábia Saudita. Daí as negociações com o Irã e não o confronto. A decisão de limitar uma intervenção na Síria à destruição das armas químicas, evitando um ataque aéreo que poderia derrubar o regime de Bashar al-Assad. Ou a recusa em apoiar o golpe militar no Egito, que derrubou a Irmandade Muçulmana.

O mundo árabe passa por mudanças rápidas, as alianças se reagrupam. A Europa exige explicações a respeito do programa de espionagem e estuda medidas de controle da privacidade que vão dificultar a vida das empresas americanas do ramo. A América Latina vê os Estados Unidos com mais e mais desconfiança. A impressão é de que a superpotência, estado armado como nunca se viu na história, caminha para um isolamento político cada vez maior.

 

Militares brasileiras exaltam experiência de atuar em missão no Haiti

Atuando em diferentes frentes, elas destacam satisfação de combinar atividades militares com tarefas de cunho humanitário

Brasília, 23/10/2013 – Reconhecida internacionalmente e elogiada no próprio Haiti – onde integra, desde 2004, missão de paz das Nações Unidas (Minustah) –, a atuação militar brasileira no país caribenho é moldada, também, pela crescente participação feminina nas tropas.

 

Durante os quase dez anos de missão, 75 militares brasileiras já serviram no Haiti. Recentemente, a proporção de mulheres enviadas só tem aumentado. Dezesseis brasileiras compõem o efetivo atual, e outras 16 vão integrar o contingente que desembarca no país em dezembro.

“Sou apaixonada pela carreira militar, tenho fascínio em ouvir o hino nacional e me sinto orgulhosa por estar com a farda”, conta a capitão tenente Gislaine Cantamessa, lotada na base do Grupamento dos Fuzileiros Navais em Porto Príncipe, capital haitiana.

Ali, a médica da Marinha realiza um trabalho fundamental: cuidar da saúde do batalhão, ajudando a mantê-lo preparado para o desafio que a missão militar impõe. “Estou aqui em prol da paz. Mesmo sem estar na rua, ajudando diretamente os haitianos, apoio os militares que garantem a segurança desse povo tão sofrido”, diz.

A major do Exército Fátima da Costa também integra o atual contingente no Haiti. Na função de assistente jurídica, ela se ocupa de processos que abrangem desde a contratação de funcionários haitianos até eventuais acidentes de trânsito envolvendo integrantes das tropas brasileiras.

Segundo a major, a experiência trouxe a dupla oportunidade de trabalhar junto à tropa e conhecer uma nova cultura. “Eu nunca tinha vivido nada parecido. Além de estar em campo, trabalhando com o batalhão, há a convivência com o povo haitiano”, explica. “Consegui fazer amizades e saber como eles vivem. Tudo isso engrandece a minha vivência aqui.”

Tarefas variadas

A rotina das militares brasileiras no Haiti começa cedo. Elas acordam às 6h da manhã com o toque da alvorada. Vinte minutos depois, estão de pé para o treinamento militar, que envolve corrida e alongamento. O expediente vai de 8h às 18h. Aos sábados, trabalham até às 14h.

Dependendo da Força de origem e da função que exercem – além de médicas e assistentes jurídicas, há dentistas, intérpretes, veterinárias e até administradoras –, elas também se revezam em outras atribuições, em esquema de plantão.

“Não há diferença entre homens e mulheres na atividade de peacekeeper [mantenedores da paz]. Ambos cumprem tarefas muito importantes, trabalhando diariamente com grande profissionalismo, responsabilidade e respeito”, diz o brasileiro que comanda os cerca de 7 mil soldados das Nações Unidas que atuam no Haiti, general Edson Leal Pujol.

“As mulheres, assim como os homens, trabalham em todo tipo de atividade, tais como oficial de Estado-Maior, pilotos, mecânicos de helicópteros e veículos, engenheiros, jornalistas, dentistas e médicos, entre outras”, completa o force commander da Minustah.

A tenente do Exército Gizelly Bandeira exemplifica o quão amplo pode ser o leque de atividades desempenhadas no Haiti. Como veterinária, é responsável pelo controle sanitário das três bases militares brasileiras. A atividade envolve a coordenação de ações de higienização e controle de alimentos e o tratamento de água e esgoto, além de outras medidas profiláticas que visam à redução da contaminação do batalhão.

Há anos o país caribenho sofre com condições sanitárias adversas. Dos 9,8 milhões de habitantes, 80% não possuem água encanada, cenário que torna imprescindível a adoção de cuidados capazes de ajudar na prevenção de enfermidades.

O trabalho da tenente, contudo, não se restringe aos desafios sanitários. Ela também gerencia um projeto de reflorestamento na capital Porto Príncipe. Segundo ela, nos últimos quatro meses, 2 mil mudas foram replantadas pelo Exército Brasileiro na cidade.

A iniciativa conta com o apoio da ONG Viva Rio, que tem sede no Haiti, e é prova viva de que aspectos humanitários e de segurança convivem em harmonia na atuação dos brasileiros e brasileiras que atuam na missão.

O que diz a ONU

As Nações Unidas estabelecem, como patamar mínimo, um percentual de 2% na participação de efetivos femininos em tropas que atuam sob sua égide em missões de paz.

Atualmente, dos quase 6.300 capacetes azuis que compõem a Minustah, 184 militares são mulheres (o equivalente a aproximadamente 3% do total). Segundo a porta voz da missão, Sophie Boutaud de La Combe, essa estatística tem se mantido estável nos últimos anos. No entanto, assegura, a ONU examina iniciativas para trazer mais mulheres para o campo.

Segundo o force commander da missão, general Edson Leal Pujol, o primeiro critério para seleção em operações de paz não é o gênero, mas o fato de o interessado apresentar-se como voluntário. Posteriormente, deverá receber instruções e treinamentos adequados, trabalho desenvolvido por cada país.
A triagem daqueles que irão compor o contingente também fica a cargo das diferentes nações. Embora a ONU recomende que os países contribuidores com tropas enviem, ao menos, 2% de mulheres, o quantitativo, assim como o critério de seleção, são decisões soberanas de cada país.


Fotos: Paulo Henrique
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa






sexta-feira, 25 de outubro de 2013


Transporte de médicos e provas do Enem mobilizam Forças Armadas

Brasília, 23/10/2013 – Uma das maiores operações logísticas para transporte de passageiros e mobilização de material será colocada em prática neste fim de semana pelas Forças Armadas. Coordenados pelo Ministério da Defesa, a partir do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica têm como missão levar cerca de 1,8 mil profissionais do programa Mais Médicos para os 26 estados do país e o Distrito Federal,  além das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para municípios de difícil acesso no norte do país.

As operações envolvendo as Forças Armadas começam neste sábado (26), na Base Aérea de Brasília. A partir das 5h30, a unidade militar começa a receber os primeiros médicos que serão deslocados em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).



Com o emprego de onze aeronaves, os médicos serão transportados para as 27 capitais do país. São profissionais formados no exterior, participantes do programa Mais Médicos, do Governo Federal. O programa prevê o recebimento de 2.182 médicos, 361 dos quais não utilizarão os voos da FAB,  por já se encontrarem nas cidades às quais se destinam. Em função de avaliação dos profissionais, a cargo do ministério da Saúde, os números finais poderão ser reduzidos.

Ao desembarcarem nas capitais, os médicos serão levados aos locais onde permanecerão hospedados. Essa missão será executada por militares da Marinha ou do Exército. O processo de ambientação se dará durante quatro dias. A expectativa do Governo é que esse contingente seja levado para os locais onde atuarão já a partir do dia 4 de novembro.

De acordo com o planejamento do EMCFA, a distribuição de cerca de 500 médicos na Amazônia Legal caberá às Forças Naval e Terrestre. Nas demais cidades, o deslocamento ficará a cargo das Secretariais Estaduais e Municipais de Saúde.

A Marinha encaminhará os profissionais que chegarem a Manaus (AM), Belém (PA) e São Luís (MA). O Exército estará incumbido dos médicos em Macapá (AP), Boa Vista (RR), Porto Velho (RO), Cuiabá (MT), Palmas (TO) e Rio Branco (AC).

Transporte aéreo

Pelo planejamento elaborado pela Força Aérea, os primeiros voos saem de Brasília (DF), Vitória (ES) e Recife (PE) levando profissionais para Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Aracaju (SE), Teresina (PI), Petrolina (PE), Natal (RN), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Rio (RJ), Belo Horizonte  (MG), Manaus (AM), Maceió (AL) e Boa Vista (RR).



A operação prevê o desembarque em 12 bases aéreas e nos principais aeroportos brasileiros. O transporte aéreo segue no domingo e só será concluído na terça-feira (29), com partida de cerca de 200 médicos de Fortaleza (CE) e Vitória (ES) para São Luís (MA). As aeronaves empregadas no transporte são Hércules C130, Embraer 145, Bandeirante e Amazonas.

Essa é a segunda etapa com a participação das Forças Armadas no programa Mais Médicos. A primeira se deu no recebimento de 679 profissionais que chegaram do exterior. Há previsão de uma terceira etapa para meados de dezembro.

Provas do Enem

A realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste fim de semana, também contará com o apoio logístico das Forças Armadas. Atendendo solicitação do Ministério da Educação (MEC), o MD determinou a participação de militares no esquema de transporte, armazenamento e guarda do material, além de segurança dos técnicos envolvidos na aplicação do exame.

Desde a última quarta-feira (23), a Marinha e a FAB deram início ao transporte das provas para os locais do exame em 55 localidades de difícil acesso na região Norte. O Exército presta segurança ao material guardado em 67 organizações militares da Força Terrestre. Uma unidade da Marinha também servirá de espaço físico para armazenamento das provas

Na próxima segunda-feira (28) a Marinha e a FAB trazem de volta o material e os cartões respondidos pelos candidatos durante o fim de semana nas cidades de aceso remoto. A desmobilização das Forças Armadas na megaoperação do Enem está prevista para a próxima quinta-feira (31). O efetivo das Forças Armadas varia conforme a estrutura de cada local. O Enem conta com 7,1 milhões de inscritos.


Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Cúpula europeia será marcada por escândalo de espionagem dos EUA

Brasil Econômico   - Por AFP
24/10/13 12:20



Merkel tem conversado com o presidente francês, François Hollande, "para coordenar uma resposta". Foto: Andrey Rudakov/Bloomberg
Merkel disse que, se a espionagem for confirmada, iria considerar como algo "totalmente inaceitável" e seria "um duro golpe para a confiança" entre os dois países amigos.
A cúpula dos líderes da União Europeia abre nesta quinta-feira à tarde, em Bruxelas, em um contexto de tensão com as revelações de espionagem de Angela Merkel pelos Estados Unidos, que também irão testar a unidade dos europeus frente à intensiva espionagem americana.
Prevista inicialmente para ser uma cúpula de rotina, dedicada especialmente à economia digital, a reunião de chefes de Estado e de Governo, que iniciará às 13h00 no horário de Brasília, deverá focar no crescente escândalo da espionagem de seus aliados pelos Estados Unidos.
Após o anúncio quarta-feira à noite pelo governo alemão de que o telefone celular da chanceler "poderia ter sido espionado por agências norte-americanas", Merkel imediatamente exigiu explicações do presidente Barack Obama. A líder alemã disse que, se a espionagem for confirmada, iria considerar como algo "totalmente inaceitável" e seria "um duro golpe para a confiança" entre os dois países amigos.
Merkel tem conversado desde o momento de sua chegada em Bruxelas, esta tarde, com o presidente francês, François Hollande, "para coordenar uma resposta", segundo uma fonte diplomática francesa.
A França também está envolvida no escândalo. Na segunda-feira, o jornal "Le Monde" revelou detalhes da espionagem telefônica da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) a cidadãos franceses, com base nos documentos sigilosos vazados pelo ex-consultor de inteligência americano Edward Snowden.
Na terça, "Le Monde" divulgou novas informações sobre as escutas em embaixadas, incluindo a representação da França na sede da ONU, em Nova York. De acordo com o jornal, a NSA fez 70,3 milhões de gravações de dados telefônicos de franceses entre 10 de dezembro de 2012 e 8 de janeiro de 2013.
Os serviços de inteligência dos Estados Unidos asseguraram que essas reportagens são "imprecisas e enganosas".
As primeiras revelações de Edward Snowden deram conta de um extenso sistema de vigilância cibernética americana, destinado, em especial, a supervisionar as instituições europeias.
No entanto, até o momento, os europeus não mostraram nenhuma unidade, como evidenciado pelas diverg
Irã parou enriquecimento de urânio que preocupa potências, diz deputado
Medida é uma das demandas para negociação, mas não foi confirmada pela ONU e pelo governo
24 de outubro de 2013 | 10h 30
O Estado de S. Paulo
TEERÃ - O parlamentar iraniano Hossein Naqavi Hosseini, um dos principais membros da comissão de Segurança Nacional do Congresso persa, disse nesta quinta-feira, 24, que o país interrompeu a parte mais controvertida de seu programa nuclear: o enriquecimento de urânio a 20%. Usado para alimentar reatores que produzem isótopos para tratamentos médicos, esse processo é visto com ressalva pelo Ocidente por estar muito próximo, tecnicamente falando, do enriquecimento a 90%, destinado à produção de armas nucleares.

Segundo Hosseini, o Irã parou o enriquecimento a 20% porque já teria todo o material físsil necessário para seu reator de pesquisas médicas em Teerã e por isso retornaria ao enriquecimento de 5%, utilizado para produção de energia elétrica.
"O enriquecimento acima de 5% usado e instalações civis depende das necessidades do país. O reator de Teerã já tem o combustível necessário para o momento atual e não há necessidade de produção extra", disse o parlamentar. "Teerã decidirá se terá ou não de voltar a enriquecer urânio acima de 5%, mas a questão de suspender ou parar o enriquecimento a 20% é insignificante porque não há produção ocorrendo no momento."
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que monitora o programa nuclear iraniano, ainda não confirmou a interrupção do enriquecimento a 20%. Inspetores da entidade visitam semanalmente instalações atômicas persas, mas diplomatas com base em Viena disseram à agência Reuters não ter conhecimento dessa medida revelada pelo deputado.
Deputados iranianos já deram, no passado, declarações sobre o programa nuclear do país que foram desmentidas posteriormente pelo governo. A Comissão de Segurança Nacional do Parlamento é regularmente atualizada sobre o programa nuclear, mas não se envolve nas decisões sobre o projeto, que são todas tomadas pelo líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei.
A interrupção do enriquecimento a 20% é uma das demandas do grupo 5 +1, composto por EUA, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia e China, sobre o controvertido programa nuclear do país. Na semana passada, as duas partes retomaram em Genebra, na Suíça, as negociações. O Irã ofereceu inspeções-surpresa a suas instalações atômicas em troca do fim de algumas das pesadas sanções econômicas impostas ao país. Também na semana passada, foi revelado que os EUA estudam retirar o congelamento a ativos de figuras do regime.
A reaproximação entre o Irã e o Ocidente ocorreu após a eleição do presidente Hassan Rohani, em junho. O líder moderado conta com o apoio da teocracia xiita, dominada pelo aiatolá Khamenei, para tentar reverter as sanções. Durante a sessão de debates da Assembleia-Geral da ONU, em setembro, Rohani e o presidente americano, Barack Obama, conversaram por telefone, fato inédito entre líderes dos dois países desde a Revolução Islâmica de 1979.
Discordância. Em Israel, que teme o programa nuclear iraniano e o considera uma ameaça existencial, o ministro de Relações Estratégicas Yuval Steinitz disse hoje haver "pequenas discrepâncias" entre o país e os EUA em relação ao projeto atômico iraniano. "De forma geral, concordamos com eles sobre o objetivo final, que é impedir o Irã de ter armas nucleares, pode haver pequenas discrepâncias sobre os meios de conseguir isso", disse o ministro.
O premiê Binyamin Netanyahu acusa Rohani de ser um "lobo em pele de cordeiro" que busca apenas tempo para que o Irã possa desenvolver armas nucleares e é contra o fim das sanções. / REUTERS e AP

Amorim profere palestra para estagiários do curso de Política Estratégica da ESG

Brasília, 23/10/2013 - Com o tema “Defesa e Desenvolvimento no governo Dilma Rousseff”, o ministro da Defesa, Celso Amorim, proferiu, nesta quarta-feira (23), palestra de encerramento do Curso Superior de Política Estratégica (CSUPE). Essa é a terceira edição do curso, realizado pelo Campus Brasília, da Escola Superior de Guerra (ESG). O CSUPE está formando 40 civis e 10 militares, de 31 órgãos e instituições da Administração Federal e do governo do Distrito Federal.
Em seu discurso, o ministro ressaltou que a realização anual do CSUPE contribui para a formação de civis especializados na área, diretriz prioritária da Estratégia Nacional de Defesa (END).
Amorim também destacou que, no Brasil, a última década foi marcada por uma vertiginosa trajetória de progresso interno e por projeção externa. “Em 10 anos, dezenas de milhões de pessoas saíram da pobreza e entraram na classe média. Milhões de brasileiros passaram a ter acesso a bens materiais e culturais, e cada vez mais, passam a desfrutá-los, por meio de bens sucedidas políticas que se tornaram referência no mundo.”
O ministro disse ainda que as políticas de governo favorecem uma América Latina pacífica e integrada, e parcerias com países emergentes como os integrantes do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). “Assumimos com gestos concretos nossa vocação de um país provedor de paz e capaz de contribuir para um mundo mais estável e solidário,” disse.
Para Amorim, o país atua no sentido de alterar a correlação de forças nos processos de negociações comerciais. Segundo ele, esse momento histórico impõe responsabilidades de grande magnitude e uma das principais delas é da defesa nacional. “O país não pode destacar a hipótese de seus interesses estratégicos sejam antagonizados”.
De acordo com o ministro, um país em desenvolvimento como o Brasil, e com crescente projeção no mundo, tem que se fazer respeitar, e isso implica em concentrar a adequada capacidade de dissuasão, que desencorajem ações hostis à nossa soberania e aos nossos interesses.

Ele lembrou ainda que o país possui um imenso patrimônio de recursos naturais, hídricos, energéticos, tecnológicos e de produção de alimentos. “E o crescimento da demanda global por esses recursos nas próximas duas décadas nos impõe prudência. Esses ativos naturais e tecnológicos serão cada vez mais fundamentais para o nosso desenvolvimento”, destacou o ministro.
Outros assuntos foram destaques da mensagem do ministro Amorim aos 50 estagiários do CSUPE. Ele salientou os acordos de cooperação que estão sendo desenvolvidos nas áreas de ensino, como a criação da Escola de Defesa Sul-Americana, da União das Nações Sul-Americanas (Unasul); a realização do primeiro seminário da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (Zopacas); as missões de paz do Brasil no Haiti e no Líbano, além dos esforços do Conselho de Defesa Sul-Americano da Unasul (CDS) para a construção de uma concepção de defesa comum e pluralista.
Os estagiários que estão se formando esta semana são altos funcionários da Administração Federal. Durante dois meses os alunos tiveram a oportunidade de conhecer as políticas e as estratégias nacionais de defesa como os programas nuclear  e espacial brasileiro.  Além de aulas teóricas, os estagiários visitaram o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), e o 5º Pelotão Especial de Fronteira (PEF), em Maturacá (AM).
Indústria de defesa
Amorim disse que o governo compreende que defesa e desenvolvimento são objetivos complementares. “O reforço em nossa indústria de defesa contribui para a proteção do nosso modelo de desenvolvimento”. 
O ministro recordou as palavras da presidenta Dilma, por ocasião da inauguração da unidade de fabricação de estruturas metálicas submarinas (UFEM),  em Itaguaí (RJ), “a indústria de defesa é acima de tudo, uma indústria de conhecimento”.
Ele frisou que a reorganização da indústria nacional de defesa, com a regulamentação recente do Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa (Retid), estabelece mecanismos de fomento à Base Industrial de Defesa (BID). “É um passo decisivo para assegurar a continuidade da capacidade produtiva da base industrial de defesa”, concluiu.
Fotos: Paulo Henrique
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa

Secretário-geral da ONU condena ataque a membros das forças de paz da ONU no Mali
23 de outubro de 2013 · Notícias
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Membros das forças de paz das Nações Unidas pelo Chade servindo à missão da ONU em Bamako, Mali. Foto: MINUSMA/Marco Dormino
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou o atentado suicida ocorrido nesta quarta-feira (23) por pessoas armadas desconhecidas em um posto de controle da missão das Nações Unidas no Mali. Um número ainda desconhecido de soldados do Chade foram mortos ou feridos.
“O secretário-geral oferece suas condolências às famílias dos soldados mortos e deseja uma rápida recuperação aos feridos”, disse um comunicado emitido pelo porta-voz de Ban Ki-moon.
O Conselho de Segurança criou a missão das Nações Unidas no Mali – conhecida como MINUSMA – em abril para apoiar a recuperação do país do oeste africano de um golpe de Estado e da ocupação da região norte por fundamentalistas islâmicos.
A missão também está apoiando a retomada da estabilidade e da governabilidade democrática, bem como ajudando a promover os direitos humanos e a fornecer ajuda humanitária.
“Este ataque não vai deter a determinação das Nações Unidas de apoiar o restabelecimento da segurança, da estabilidade e da paz sustentável no Mali”, afirma o comunicado.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Gol faz primeiro voo comercial com biocombustível
Brasil Econômico   - Agência Brasil
23/10/13 15:24


O novo combustível pode reduzir em até 80% a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera
São Paulo - Decolou no início da tarde desta quarta-feira do Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, para o Aeroporto Presidente Juscelino Kubitschek, no Distrito Federal, o primeiro voo comercial brasileiro com bioquerosene. A operação com combustível renovável, feita pela companhia Gol Linhas Aéreas, pode reduzir em até 80% a emissão de gases de efeito estufa.
A empresa espera disponibilizar cerca de 200 rotas com essa tecnologia durante a Copa do Mundo de 2014. O evento marca o Dia do Aviador, celebrado na data em que Santos Dumont fez o primeiro voo em um avião.
De acordo com a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), o combustível de aviação representa, atualmente, cerca de 43% do custo das passagens aéreas. A curto prazo, no entanto, essa mudança não deve repercutir no valor da tarifa. "Com maior adesão a esse tipo de programa, acompanhado de políticas públicas, a tendência é que haja um ganho de escala a ponto de fazer com que esse combustível tenha um custo equivalente ao de origem fóssil. Para nós, já seria uma grande conquista. Essa é a meta do primeiro momento", explicou Paulo Kakinoff, presidente da Gol.
O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, considera que ainda é cedo para definir uma política pública de incetivo à utilização de biocombustível na aviação. "A consequência que queremos é que essas melhorias signifiquem custos menores, mas é cedo para definir como vamos operar para que essa experiência, que já é viável, seja coletivamente utilizável. Esse é o objetivo da política que vai ser formulada a partir de agora", declarou. Ele esclareceu que, inicialmente, a proposta foi garantir um padrão de sustentabilidade que melhore a vida no planeta.
A tecnologia do biocombustível, exclusiva para a aviação, foi desenvolvida pela empresa norte-americana Amyris, com filial no Brasil, e não necessita de nenhum ajuste do maquinário do avião. "O bioquerosene é uma mudança de paradigma. Você passa a ter, a exemplo do carro a álcool e veículos de biodiesel, também os aviões com essa possibilidade", avaliou Donato Aranda, professor do curso de engenharia química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O processamento do combustível do voo de hoje utilizou uma mistura de óleos vegetais, incluindo o de milho e o de cozinha já usado.
O primeiro voo com essa tecnologia em caráter experimental foi feito no ano passado, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. "De todos os biocombustíveis, esse é o mais novo. E para a adoção de um parâmetro novo na aviação, a segurança exigida é quatro vezes maior do que qualquer outro veículo. É uma tecnologia mais sofisticada", justificou Aranda.
Foram pelo menos cinco anos de estudos até que fossem concluídas as validações de especificações técnicas pela indústria aeronáutica e órgãos como a ASTM Internacional (um órgão norte-americano de normalização, originalmente conhecido como American Society for Testing and Materials) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).