quinta-feira, 28 de novembro de 2013


Irã convida inspetores da agência nuclear da ONU para visita a instalação em Arak

28 de novembro de 2013 · Notícias - ONU

O Irã convidou inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para visitar uma instalação nuclear de água pesada, anunciou nesta quinta-feira (28) o chefe da agência nuclear das Nações Unidas.

“Posso informar ao Conselho que recebemos um convite do Irã para visitar a Unidade de Produção de Água Pesada, em Arak, em 8 de dezembro”, disse o diretor-geral Yukiya Amano ao Conselho de Governos da agência em uma reunião, em Viena, de atualização sobre o trabalho da AIEA de verificação nuclear, segurança e uso pacífico de tecnologias nucleares.

“Todas as outras questões pendentes, incluindo aquelas levantadas em meu relatório anterior para o Conselho, serão abordadas em etapas subsequentes”, disse Amano, lembrando que em 11 de novembro a agência da ONU uma declaração conjunta sobre um Quadro de Cooperação com o Irã.

No âmbito do Quadro, o Irã e a AIEA concordaram em “fortalecer a cooperação e o diálogo para garantir a natureza exclusivamente pacífica do programa nuclear do Irã através da resolução de todas as questões pendentes”. O Irã se comprometeu a implementar seis medidas práticas dentro de três meses.

Os comentários do chefe da AIEA vêm após um avanço diplomático no início da semana na sequência de um anúncio separado de que o Irã havia feito um acordo interino com seis outros Estados-membros da ONU em relação a suas atividades nucleares.

“Recebi uma carta da alta representante da União Europeia, Catherine Ashton, em nome de China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos que diz respeito ao Plano de Ação Conjunta combinado com o Irã em 24 de novembro, em Genebra”, disse Amano ao Conselho. Segundo ele, a carta afirma que “a AIEA terá um papel importante na verificação das medidas do domínio nuclear”, o que foi combinado em Genebra.

“Acolho o Plano de Ação conjunto. Estamos agora olhando para o caminho no qual elementos do acordo relevantes para a Agência podem ser postos em práticos”, disse o chefe da AIEA, observando que isto incluirá implicações de financiamento e pessoal. “Esta análise levará algum tempo. Consultarei o Conselho assim que possível quando estiver concluída”, acrescentou.

 

Assinado contrato do satélite que será utilizado pelo Ministério da Defesa

Brasília, 28/11/2013 – A Telebras e a Visiona Tecnologia Espacial - joint-venture da Embraer e a Telebras - assinaram nesta quinta-feira (28) contrato para executar o projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). O projeto envolve os Ministérios da Defesa, das Comunicações e da Ciência e Tecnologia. O SGDC será de propriedade do governo federal e operado pela Telebras, com bandas Ka (civil), e pelo MD, com a banda militar X.


De acordo com o subchefe de Comando e Controle do MD, brigadeiro Ricardo Pucci Magalhães, a banda X vai ampliar a capacidade das comunicações militares. “A banda X dará apoio às operações e exercícios militares, como a Ágata”, frisou. Ainda segundo o brigadeiro Magalhães, a parte militar do SGDC ajudará em catástrofes naturais e nos grandes eventos.

A banda X é composta por cinco transponders, suficientes para ampliar a largura de banda de 160 MHz, e o aumento de potência em cerca de dez vezes, em comparação ao satélite da “Star One”, atualmente alugado pelo MD. O SGDC ainda possibilitará ampliar o atendimento aos demais projetos da Defesa, principalmente, o Sisfron, de monitoramento das fronteiras terrestres. O projeto satelital prevê, ainda, o lançamento de mais dois satélites espaçados em mais ou menos cinco anos. O brigadeiro salienta que os terminais satelitais distribuídos pelo território nacional estarão sob a guarda de organizações militares.

O contrato, no valor de R$ 1,3 bilhão, assinado hoje pelo secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações e presidente do Conselho de Administração da Telebras, Maximiliano Martinhão; o presidente da Telebras, Caio Bonilha; e o presidente da Visiona, Nelson Salgado; e demais integrantes do Comitê Diretor do SGDC, prevê a entrega do satélite no final de 2016.

A empresa Visiona será responsável pela integração do sistema SGDC, que ampliará o acesso à banda larga nas regiões mais remotas do país, por meio do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), e a soberania brasileira nas comunicações das Forças Armadas.

A construção do satélite brasileiro é estratégica para garantir a soberania das comunicações do governo brasileiro e também para assegurar o fornecimento de internet banda larga aos municípios distantes e isolados, onde não chega a rede terrestre de fibra óptica. Atualmente, existem mais de 2 mil municípios brasileiros com condições de difícil acesso para chegada de uma rede de fibra óptica terrestre.

A partir da formalização deste contrato, a Visiona fará a contratação dos fornecedores e dará início às atividades do desenvolvimento e integração do sistema.

Foto: Tereza Sobreira

Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
Senadores vão ao Acre verificar situação de imigrantes do Haiti
28/11/2013 - [12:33] - Política
Uma comissão externa do Senado visitará o Acre na segunda-feira (2), para conferir, in loco, a atual situação dos imigrantes haitianos que têm chegado ao Brasil, desde abril, por aquele estado. O anúncio foi feito pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), ao final da reunião do colegiado realizada nesta quinta-feira (28).
Segundo o senador, 507 imigrantes haitianos encontram-se na cidade de Brasileia (AC) em condições bastante precárias. Eles chegaram ao Acre depois de passar por países vizinhos, como Peru e Equador. Muitos deles vivem em locais que, como definiu o presidente da comissão, parecem “verdadeiros campos de concentração”. Em sua opinião, a grave situação social causada pela chegada dos haitianos deverá levar o Brasil a rediscutir as suas próprias políticas de imigração.
- O Brasil sempre foi um país aberto e receptivo aos demais povos. Contudo, essa nova realidade mostra como é importante que essa questão seja revisitada. Precisamos encarar a realidade de que estados brasileiros, especialmente na Região Norte, não dispõem de estrutura capaz de atender a demandas novas e não planejadas de serviços públicos – disse Ferraço.
Ao apoiar a iniciativa, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) considerou a situação dos imigrantes haitianos “muito importante do ponto de vista humanitário”. Ele observou que os imigrantes deixam o Haiti em busca de melhores oportunidades e devem ser acolhidos com dignidade e respeito. Para Suplicy, o governo brasileiro deve facilitar a obtenção de nova documentação pelos haitianos, para que eles possam ter “oportunidade de se inserir em alguma atividade produtiva, estudar e ter regularizada a situação”.
 
"Coiotes"
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) ressaltou a necessidade de um diálogo direto entre os senadores e os imigrantes provenientes do Haiti. Ela relatou que, durante encontro mantido com haitianos em Manaus, foi revelada a atuação de “coiotes” no processo de imigração.
- Existem indícios muito fortes de tráfico de pessoas. As famílias dos imigrantes são ameaçadas no Haiti, caso os imigrantes não enviem todos os meses determinada quantia – observou Vanessa.
Fonte: Agência Senado

CAEPE realiza Viagem de Estudos Internacional
Em cumprimento ao Cronograma de Estudos para o ano de
2013, o Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (CAEPE), da
Escola Superior de Guerra (ESG) realizou a 4ª Viagem de Estudos
(VG-4), na cidade chilena de Punta Arenas e no Continente Antártico,
no período de 17 a 22 de novembro.
A VG-4 teve por objetivo coletar
dados e informações de interesse para
fase conjuntural do Método para o
Planejamento Estratégico (MPE) da
ESG, com vistas ao desenvolvimento do
exercício didático a ser elaborado pelos
grupos de trabalho.
Os trabalhos tiveram início com o
deslocamento em aeronave da FAB para
a cidade de Punta Arenas, com escala
em Pelotas, onde foram recebidas as
vestimentas antárticas.
Na sequência, já em território
chileno, o CAEPE foi dividido em dois
grupos para as tentativas de travessia,
que foram exitosas.
Paralelamente a cada uma das
viagens
a
Antártica,
o
efetivo
remanescente realizou uma visita
cultural ao Parque Nacional de Torres
Del Paine.
Na manhã do último dia de
atividades foram proferidas palestras da
Armada do Chile e do representante do
MRE.
Próximo ao término da viagem, o
Curso teve a oportunidade de ser
recebido a bordo do Navio Polar
Almirante Maximiano, onde puderam
conhecer as instalações e assistir palestra
de seu comandante acerca de suas missão
e características.
Escola Superior de Guerra
Seção de Comunicação Social
Tel: (21) 3545-9827 / 9837

quarta-feira, 27 de novembro de 2013


Petróleo

EUA e Brasil serão atores do novo panorama energético mundial em 2035


Brasil Econômico   - Por AFP
12/11/13 13:20

Isso não quer dizer que entraremos numa época de abundância, alerta a AIE, que defende os interesses dos consumidores. Foto: Dado Galdieri/Bloomberg

Os novos recursos chamados não convencional farão dos Estados Unidos o primeiro produtor petroleiro mundial, e levarão o país à independência energética em torno de 2035

Estados Unidos e Brasil serão dois dos grandes atores do novo panorama da energia em 2035, com novos recursos fósseis que permitirão fazer frente à crescente demanda petroleira mundial, afirmou nesta terça-feira a Agência Internacional de Energia (AIE).

Impulsionada por países emergentes como China ou Índia, em particular nos setores petroquímico e de transportes, o consumo mundial de petróleo chegará em 2035 a 101 milhões de barris diários (mbd), indica a AIE em seu World Energy Outlook, seu grande estudo prospectivo anual. Isso supõe 14 mbd adicionais em 25 anos.

É certo que a produção de campos petrolíferos atualmente em atividade cairá em mais de 40 mbd até 2035, e a parte do petróleo convencional no consumo de ouro negro se reduzirá a 65 mbd, contra 70 mbd atualmente.

No entanto, não haverá por causa disso crise energética nesse futuro, tranquiliza a AIE, em parte graças aos Estados Unidos e ao Brasil: as reservas calculadas de petróleo foram revisadas em alta devido à descoberta de novos poços e jazidas offshore de petróleo no Brasil, assim como ao desenvolvimento de hidrocarbonetos não convencional nos Estados Unidos, entre outros países.

"O aumento de petróleo não convencional e do gás de xisto permitirá preencher o crescente abismo entre a demanda mundial de petróleo e a produção de petróleo convencional", assegura a AIE, o braço energético da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômicos (OCDE).

Um novo mundo energético

Estes novos recursos chamados não convencional farão dos Estados Unidos o primeiro produtor petroleiro mundial, e levarão o país à independência energética em torno de 2035, além de dar uma vantagem competitiva graças a preços muito baixos.

Isso será certo para o gás. "O preço do gás nos Estados Unidos equivale a um terço dos preços pagos na Europa pela importação, e a um quinto do que o Japão paga".

Ao mesmo tempo, a produção aumentará com força no litoral brasileiro, graças à descoberta de jazidas offshore, que converterão o país em um dos pesos pesados do setor.

Isso não quer dizer que entraremos numa época de abundância, alerta a AIE, que defende os interesses dos consumidores.

De fato, os preços do petróleo continuarão aumentando e a Agência aposta que chegará um preço médio de 128 dólares em 2035 (em dólares constantes), contra os cerca de 100 dólares atualmente.

O crescente papel do Brasil e a produção de petróleo não convencional na América do Norte vão modificar, ao menos temporariamente, a geografia da produção mundial de petróleo. O peso da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que atualmente fornece 35% da produção mundial, vai se reduzir nos próximos dez anos.

A geografia da demanda também ficará abalada, com o desenvolvimento dos países emergentes.

"A China se converterá no maior consumidor de petróleo, na frente dos Estados Unidos, até 2030, e o consumo de hidrocarbonetos no Oriente Médio superará o da União Europeia, também nesta data", estima a AIE.

Frente a este novo panorama mundial, a capacidades de refinado serão transferidas para a Ásia ou Oriente Médio, onde se concentrará a demanda.

"De agora até 2035, acreditamos que cerca de 10 mbd da capacidade mundial de refinado está em perigo. As refinarias da OCDE (países desenvolvidos) e da Europa, em particular, se acham entre as mais vulneráveis", assegura a Agência.

 

 

TECNOLOGIA – VANT realiza primeiro pouso automático com sistema desenvolvido pela FAB

O protótipo do Veículo Aéreo Não Tripulado Acauã realizou pela primeira vez no sábado (23/10) um pouso automático com o sistema desenvolvido pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço – IAE. O projeto tem o objetivo de desenvolver a tecnologia de um Sistema de Decolagem e Pouso Automáticos (DPA) para Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT). A operação foi realizada na Academia da Força Aérea (AFA) em Pirassununga (SP).

Essa foi a nona etapa do projeto, que  consistiu na execução do pouso automático totalmente controlado pelo computador de bordo, o que incluiu as seguintes fases: rampa de aproximação de precisão; alinhamento e nivelamento antes do toque na pista; corrida no solo e parada total da aeronave.  Foram executados ao todo cinco voos com o Protótipo 03 do VANT Acauã, sendo que dois voos tiveram o pouso de forma automática.

Poucos países no mundo dominam as tecnologias de controle necessárias para a decolagem e pouso automáticos de veículos aéreos não tripulados de maior porte. Essa capacidade possibilita a diminuição de acidentes durante fases críticas do voo, além de permitir que o VANT opere em condições meteorológicas adversas, como no caso de nevoeiros.

 As tecnologias pesquisadas pelo Projeto DPA-VANT poderão ser desenvolvidas por empresas nacionais e incorporadas em futuros VANTs de emprego operacional das Forças Armadas Brasileiras.

 Projeto DPA-VANT 

Com quatro anos de trabalho, o Projeto DPA-VANT realizou nove campanhas de ensaios, sendo cinco de ensaios em voo e quatro de ensaios no solo com corridas na pista. A meta de decolagem automática foi atingida durante a sexta campanha, em agosto de 2013. 

A meta do pouso automático foi atingida durante a nona campanha, que contou com cerca de 40 profissionais participantes. Entre eles, integrantes do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e do Centro Tecnológico do Exército (CTEx), além das empresas contratadas: BCC, responsável pelo software embarcado; e Flight Technologies, responsável pelo piloto automático.

A AFA teve papel essencial para o sucesso da operação. A instituição disponibilizou um helicóptero H-50 Esquilo para exercer a função de aeronave de acompanhamento (“paquera”) durante os voos de ensaio.



Fonte: IAE

 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

DARFUR


Chefe da ONU condena assassinato de capacete-azul em Darfur

25 de novembro de 2013 · Notícias

 

 

Tropas da UNAMID no leste de Darfur, no Sudão. Foto: UNAMID/Albert González Farran

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou um ataque a um comboio da Missão Conjunta das Nações Unidas e da União Africana em Darfur (UNAMID) no domingo (24), que matou um capacete-azul ruandês. Ele pediu que o governo do Sudão leve à justiça os responsáveis pelo ataque.

O soldado foi baleado quando o comboio foi atacado por assaltantes armados não identificados na estrada que liga Kabkabiya a Saraf Umra, no norte de Darfur. Mais tarde, ele não resistiu aos ferimentos no hospital da missão em Kabkabiya. Um dos veículos da UNAMID foi sequestrado pelos assaltantes.

O assassinato do último domingo eleva para 14 o número de soldados de paz da UNAMID mortos este ano. No mês passado, um ataque na parte ocidental de Darfur deixou três capacetes-azuis senegaleses mortos.

Fundada pelo Conselho de Segurança da ONU em 2007, a UNAMID é responsável por, entre outras tarefas, proteger os civis e contribuir para a segurança da assistência humanitária em Darfur, onde os combates entre grupos rebeldes, forças governamentais e milícias aliadas levaram à morte cerca de 300 mil pessoas e desalojaram quase 2 milhões ao longo dos últimos 10 anos.

 


 OS MILITARES E A DEMOCRACIA


Por Reinaldo Azevedo

Leitores me perguntam como foi a palestra de ontem (08 Fev) no Comando
Militar do Sudeste. Excelente! No dia 7 deste mês, falei no Clube
Militar, no Rio. Encontro igualmente agradável. Não chego a dizer que
é “impressionante” a formação intelectual dos oficiais — inclusive a
dos jovens — porque isso faria supor que eu esperasse coisa diferente,
tendo sido surpreendido. E não esperava. Estão mais bem-informados, e
pensam segundo modelos de precisão freqüentemente mais atilados, do
que muitas categorias profissionais das quais se deveria cobrar
especial apuro intelectual — jornalistas, por exemplo. Minha palestra
desta quarta encerrou o “III Estágio de Comunicação Social — Exército
na Sociedade: Conhecer, Integrar, Comunicar”. É a segunda vez que sou
convidado para o evento.

A petralhada chiou pra chuchu. “Aí, hein? está querendo dar golpe!”.
Os mediocremente informados procuraram me associar a Carlos Lacerda.
Vocês imaginam o rol de bobagens de que essa gente é capaz. Pois é…
Nas duas vezes — ou três, se eu levar em conta o convite do ano
passado —, falei em defesa das instituições democráticas e da
Constituição. Dos militares, em suas intervenções nos debates, só ouvi
palavras de defesa da Carta que rege o país. E nem poderia ser
diferente.

Se existe alguma tentação golpista no Brasil, ela não veste uniforme.
Se existem pessoas que hoje desrespeitam abertamente as leis que nos
regem, elas não estão nos quartéis. Na América Latina — e também por
aqui, ainda que de modo um tanto mitigado —, as tentações autoritárias
partem daqueles que pretendem que as urnas abram caminho para uma
espécie de absolutismo do voto. Querem alguns que, porque eleitos,
podem fazer da Constituição e das leis o que bem entendem. E eu
existo, entre outras razões, para dizer: “NÃO PODEM!!!”

Sinto-me honrado com tais convites. E participarei quantas vezes me
convidarem. O Exército entende hoje em dia a imprensa com muito mais
clareza e propriedade do que a imprensa entende o Exército. Ademais,
vale a minha frase que deixa alguns irritadinhos: as Forças Armadas
são a democracia de farda. E são, como em todas as democracias, as
garantidoras últimas do regime de liberdades. Os absolutistas das
urnas não gostam de pensar que algo possa ser superior à sua vontade —
as leis, por exemplo. Mas elas são.

É sobre isso que falo nessas palestras.


 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Vigilância

Zuckerberg faz críticas aos EUA

Brasil Econômico   Da Bloomberg
25/11/13 12:53

O empresário vê erros de concepção na legalidade de 11 milhões de pessoas não documentadas pelo
"Eles continuam estragando tudo de certa forma. Eu espero que se tornem mais transparentes", disse
O governo dos Estados Unidos "realmente estragou tudo" realizando programas de vigilância que aborreceram líderes estrangeiros e céticos locais, disse o presidente da Facebook, Mark Zuckerberg, em uma entrevista à TV. "Eles continuam estragando tudo de certa forma. Eu espero que se tornem mais transparentes", disse Zuckerberg, de 29 anos, em uma entrevista ao programa "This Week" da ABC, transmitida neste sábado.
"Essas coisas sempre estão em equilíbrio, sobre fazer as coisas certas e também ser claro e contar às pessoas sobre o que se está fazendo". A Agência Nacional de Segurança (NSA) está enfrentando questionamentos no Congresso e no exterior devido às revelações de que espionou líderes estrangeiros, grampeou cabos de fibra ótica no exterior e reuniu e-mails e registros telefônicos de americanos inocentes.
A maioria das revelações foi exposta por Edward Snowden, o ex-contratado da NSA que continua na Rússia sob asilo temporário. Zuckerberg, cuja companhia de redes sociais sediada em Menlo Park, Califórnia, realizou sua abertura de capital em maio de 2012, investiu boa parte dos últimos doze meses envolvendo-se em questões políticas, desde a educação em Nova Jersey até o desenvolvimento de infraestrutura na África. Em abril, ele anunciou a formação de um grupo de advocacia chamado FWD.us para fazer lobby por mudanças na política imigratória dos EUA, maiores padrões acadêmicos e investimentos na pesquisa científica.
"O futuro da nossa economia é uma economia de conhecimentos, o que significa que trazer as pessoas mais talentosas para este país é a coisa mais importante que podemos fazer para garantir que as companhias de amanhã sejam fundadas aqui", disse Zuckerberg, cuja fortuna estimada de US$ 22,6 bilhões o coloca no 32° lugar no Índice de Bilionários da Bloomberg dos indivíduos mais ricos do mundo, na entrevista à ABC.
Concepções erradas sobre os não documentados
Há "muitas concepções erradas" sobre a legalidade dos 11 milhões de pessoas não documentadas nos EUA, disse Zuckerberg, citando o caso de um aluno seu em um programa extracurricular, que disse que não poderia ir à faculdade porque não era documentado. "Quando você conhece essas crianças e vê que elas são realmente talentosas, que cresceram nos EUA e não conhecem outro país além deste, mas não possuem as oportunidades de que todos nós desfrutamos, é realmente de partir o coração", disse Zuckerberg. "Parece um dos maiores problemas de direitos civis da nossa época".
O FWD.us ajuda no apoio aos trabalhadores não documentados a adquirirem a cidadania e reclama aumento na emissão de visas H-1B, programa apoiado pela indústria tecnológica que permite que os trabalhadores talentosos sejam convidados para irem aos EUA. Zuckerberg visitou o Congresso em setembro e discutiu questões imigratórias com os legisladores.
O caminho à cidadania
Em junho, o Senado aprovou um projeto de lei que, como parte da revisão da política imigratória, inclui um caminho à cidadania para os imigrantes não documentados. A medida estagnou-se na Câmara dos Deputados, onde muitos republicanos se opõem à entrega de cidadania.
O presidente da Câmara, John Boehner, republicano por Ohio, disse que ele quer abordar as mudanças à política imigratória "com senso comum, passo a passo". Ele rejeitou a tática do Senado de utilizar um único projeto de lei para abordar múltiples questões.
Consultado sobre o que a administração do presidente Barack Obama deveria fazer para resolver empecilhos nas trocas do novo plano de saúde federal criado pela Lei de Atendimento Médico Acessível, Zuckerberg mencionou os desafios tecnológicos da sua própria companhia.
"Às vezes as coisas não dão certo quando queremos", disse. "Certamente, cometemos muitos erros e as coisas não saíram como queríamos. O certo é manter o foco em construir o serviço que se acha correto no longo prazo".


Ponto Final – Lobos em pele de cordeiro na mídia

25/11/13 10:45 | Octávio Costa (ocosta@brasileconomico.com.br)

Na edição do último sábado, o tema da manchete do “Le Monde” era o seguinte: “Existe um movimento social de direita?”.
O tradicional jornal da esquerda francesa questionava se a crescente contestação aos projetos do governo socialista do presidente François Hollande é a expressão de uma raiva conservadora que pode tomar conta das ruas. No debate de duas páginas, um dos articulistas afirma que a direita avança nas classes populares porque a esquerda se afastou do povo. E ressalta que, em períodos de fartura se pode oferecer um governo ineficaz, mas nunca em tempos de crise econômica. Esse tipo de discussão política na França é feita sem disfarces pela imprensa. "Le Monde" é veículo das preocupações da esquerda, assim como o "Le Figaro" é porta-voz do pensamento de direita.
Dificilmente alguém verá um grande jornal brasileiro se posicionar diante dos fatos com a nitidez ideológica da imprensa francesa. Aqui no Brasil, ao longo dos anos, a imprensa seguiu uma escola diferente. Baseou-se mais na experiência americana e inglesa que, na teoria, propõe-se a analisar os fatos acima das paixões políticas. O jornalismo, nessa visão, deve ser imparcial e neutro. Deve transmitir as informações com a maior fidelidade possível, deixando as interpretações para os leitores. Repórter é apenas a correia de transmissão das notícias, um mensageiro. Não deve tomar partido. A opinião do jornal fica, assim, restrita à página de editoriais.
No Rio de Janeiro, por décadas, o "Jornal do Brasil" foi o símbolo maior desse tipo de jornalismo. Os próprios leitores, nas pesquisas de opinião, apontavam o "JB" como o veículo mais imparcial e ético do país. Já "O Globo", apesar da tiragem maior e da saúde financeira, não usufruía da mesma imagem. Perdia pontos no item imparcialidade, pois era considerado conservador e simpático ao regime militar. Só após a morte de Roberto Marinho e com o fim do "JB", o jornal da rua Irineu Marinho tornou-se hegemônico em todos os sentidos. Recentemente, "O Globo" fez um mea-culpa público, admitindo que cometeu erro histórico ao apoiar o golpe contra João Goulart. Concluiu que não há solução fora da democracia.
Em linhas gerais, nossa imprensa continua fiel ao princípio da imparcialidade. E a maior parte dos jornalistas procura deixar fora das redações as posições políticas particulares. Não são pagos para defender este ou aquele partido. E tentam manter o equilíbrio em seus textos. Essa independência, porém, está ameaçada por duas correntes exaltadas. Quem acompanha a mídia hoje, no papel e na internet, depara-se com um embate inédito. De um lado, atuam articulistas conservadores que alimentam ódio mortal por tudo que diz respeito ao PT. E de outro, jornalistas que, por convicção ideológica ou mero oportunismo, defendem os petistas com unhas e dentes. Enquanto uns querem ver Dirceu e Genoino mofarem na prisão, os outros afirmam que Joaquim Barbosa também deveria ir para a Papuda.
As duas correntes se digladiam sem pudor e contaminam a longa tradição da equilíbrio. Enquanto na França os veículos de comunicação assumem suas posições ideológicas, nesse novo jornalismo que se pratica no Brasil a opinião é claramente enviesada, mas com roupagem de independência. São lobos em pele de cordeiro. Mais do que nunca, o leitor tem de tomar cuidado e separar a opinião sectária da informação legítima.



Brasil inaugura Missão Naval e aprofunda cooperação com Cabo Verde

Brasília, 21/11/2013 – O governo brasileiro deu um passo decisivo para ampliar a cooperação na área militar com Cabo Verde. Na última terça-feira (19), o ministro da Defesa, Celso Amorim, inaugurou o Núcleo da Missão Naval Brasileira no país, em cerimônia realizada na embaixada do Brasil em Praia, capital da república insular africana.

A inauguração da Missão é vista pelos dois países como o elo que faltava para dar impulso à já existente cooperação entre as duas nações no setor de defesa.  “A cooperação entre os nossos países atingiu níveis significativos”, comemorou o ministro da Defesa cabo-verdiano, Jorge Tolentino, durante o evento que oficializou a instalação da Missão.

O trabalho será inicialmente focado em ações de formação de militares do país africano, oficiais e praças, em escolas das Forças Armadas brasileiras. Essa necessidade foi apontada como prioritária pelas autoridades cabo-verdianas, uma vez que o país realiza, nesse momento, a modernização de suas forças de defesa, especialmente da Guarda Costeira, instituição que cuida da segurança marítima e da defesa aérea do arquipélago.

O detalhamento do quantitativo de vagas a serem oferecidas pelo Brasil aos militares de Cabo Verde será definido em reuniões que ocorrerão nos próximos meses no âmbito da Missão Naval, comandada pelo capitão- de-mar-e-guerra da Marinha do Brasil, César Augusto Dallacosta Nogueira.

Na avaliação do ministro da defesa brasileiro, entre outros aspectos, a formação de oficiais e sargentos de Cabo Verde no Brasil, em especial de pilotos e mecânicos de aviação, auxiliará o país a melhorar sua capacidade de proteção de seu espaço aéreo. Cabo Verde tem expectativa de receber a doação de dois aviões Bandeirantes (C-95) da Força Aérea Brasileira (FAB). As tratativas para a doação estão em curso e dependem, agora, de autorização do Congresso brasileiro.

Novas ameaças

A  cooperação com Cabo Verde em matéria de Defesa começou a ganhar impulso em 1994, com a  assinatura do acordo bilateral de cooperação técnico-militar. Desde então, os dois países iniciaram uma série de ações setoriais, incluindo a realização de exercícios militares.

Em 2012 e neste ano, dois dos novos navios-patrulha oceânicos adquiridos pela Marinha brasileira passaram por portos do país africano, onde realizaram exercícios navais com os militares da Guarda Costeira de Cabo Verde. Em outubro do ano passado, a FAB enviou ao arquipélago dois aviões-patrulha P-3 para realização de exercícios conjuntos de patrulhamento aéreo no mar.

Outro aspecto relevante da cooperação foi a recente doação, pelo Brasil, de uniformes aos membros da Guarda Costeira cabo-verdiana. Na viagem oficial, o ministro Celso Amorim visitou as novas instalações da sede da instituição militar, na cidade de Mindelo. Na ocasião, os integrantes da força naval já estavam utilizando os novos uniformes.

Amorim e comitiva também foram recebidos, com honras militares, na sede do Ministério da Defesa, em Praia. Ali, o ministro brasileiro participou de reunião bilateral com seu contraparte cabo-verdiano. No encontro, além de tratar dos pontos relativos à formação militar, conversaram sobre a possibilidade de auxílio da Marinha do Brasil no processo de definição da extensão da plataforma continental de Cabo Verde, a  exemplo do que ocorreu com
Namíbia e Angola.

Os ministros também falaram sobre cooperação na área de formação de pessoal para participação em missões de paz, e concordaram com a necessidade de ampliar a troca de informações sobre tráfego marítimo internacional (Cabo Verde possui um centro de operações de segurança marítima) com o objetivo de aumentar a vigilância no Atlântico Sul.

Amorim e Tolentino manifestaram ainda o interesse comum em fortalecer mecanismos de prevenção e combate às chamadas “novas ameaças”, tais como pirataria, pesca ilegal e tráfico de drogas e pessoas no Atlântico Sul, área que é importante rota marítima para o comércio de ambas as nações.

A delegação brasileira também participou, durante a visita oficial, de reunião na sede do Estado-Maior das Forças Armadas de Cabo Verde, e de visita ao novo navio-patrulha incorporado à Guarda Costeira do país. A comitiva brasileira contou com a participação do comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, e de oficiais-generais do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA). Os trabalhos tiveram o auxílio do embaixador do Brasil em Cabo Verde, João Ignácio Oswald Padilha, e equipe.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa

Cabo Verde

A República de Cabo Verde é um país independente localizado à África Ocidental, constituído por dez ilhas e cinco ilhotas. Distante cerca de 450 quilômetros do continente africano, o nome do país é uma referência à península localizada no Senegal de mesmo nome (Cap Vert). Com uma população de 501 mil habitantes, sua capital é a cidade da Praia. Seu território possui 4033 km², área um pouco menor que a do Distrito Federal. A religião principal das ilhas é o cristianismo de cunho católico e a língua oficial é o português, apesar de um idioma crioulo local baseado no português ser a língua de comunicação cotidiana. A moeda do país é o escudo caboverdiano.
Em 1462, os colonos portugueses chegaram a Santiago e fundaram a Ribeira Grande (agora Cidade Velha), o primeiro assentamento europeu permanente nos trópicos. No século XVI, o arquipélago prosperou com o comércio transatlântico de escravos, havendo ataques ocasionais de piratas aos assentamentos portugueses. Praia se tornou a capital em 1770.
Com o declínio do comércio de escravos, a prosperidade de Cabo Verde desaparece lentamente. No entanto, posição das ilhas, no meio do Atlântico fez de Cabo Verde um local ideal para o reabastecimento de embarcações. Devido ao seu excelente porto, Mindelo (na ilha de São Vicente) tornou-se um importante centro comercial no século XIX.
Portugal mudou o status de Cabo Verde de uma colônia para uma província ultramarina em 1951, em uma tentativa de enfraquecer o nacionalismo crescente. No entanto, em 1956, Amílcar Cabral, de Guiné-Bissau, junto com partidários de seu país e de Cabo Verde fundam o Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC), base do movimento independência das duas nações. Estabelecendo sua sede para Conakry, Guiné em 1960, o PAIGC começou uma rebelião armada contra Portugal no ano seguinte.
Em 1972, o PAIGC controlava grande parte da Guiné, mas a organização não tentou interromper o controle Português em Cabo Verde. Após a revolução de Abril de 1974 em Portugal, o PAIGC se tornou um movimento político ativo em Cabo Verde. Em 30 de junho de 1975, Cabo Verde conquista a independência de Portugal a 5 de julho de 1975.
Imediatamente após o golpe de novembro 1980 na Guiné-Bissau, as relações entre Praia e Bissau tornam-se tensas. Cabo Verde abandonou a sua esperança de unidade com a Guiné-Bissau e formou o Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV). O PAICV estabeleceu um sistema de partido único e governou Cabo Verde desde a independência até 1990.
Em resposta à pressão crescente para o estabelecimento de uma democracia pluralista, o estado de partido único foi abolida 28 de setembro de 1990, e as primeiras eleições multipartidárias tiveram lugar em Janeiro de 1991.
Pobre em recursos naturais, propensas à seca e com pouca terra arável, a ilhas de Cabo Verde conquistaram uma reputação de estabilidade política e econômica dentro do conturbado continente africano.


Brasil e Argentina reforçam parceria em defesa com ênfase no setor cibernético

Brasília, 21/11/2013 – O ministro da Defesa, Celso Amorim, e seu contraparte argentino, Agustín Rossi, estiveram reunidos na manhã desta quinta-feira, em Brasília, para tratar de medidas visando fortalecer a parceria bilateral entre Brasil e Argentina no setor de defesa. Após o encontro, os ministros assinaram declaração conjunta na qual reforçam o compromisso com a “vitalidade” da associação estratégica entre os dois países, a partir da contínua dinamização da cooperação no âmbito da política de defesa e industrial do setor.

O ministro Agustín Rossi chegou ao Ministério da Defesa no final da manhã, sendo recebido com honras militares. Após passar em revista às tropas, seguiu com o ministro Amorim para o gabinete, onde permaneceram reunidos por alguns minutos. Em seguida, participaram do encontro ampliado.  Na abertura da reunião, Amorim destacou que a visita do colega argentino “nos permite avançar em temas que tratamos na visita que fiz à Argentina”.



A defesa cibernética foi o primeiro assunto abordado na reunião. O ministro brasileiro lembrou que o colega argentino visitará, em sua passagem por Brasília, o Centro de Defesa Cibernética (CDCiber), localizado no Quartel General do Exército. Segundo Amorim, os integrantes da comitiva conhecerão detalhes da atuação da Força Terrestre no assunto. O ministro brasileiro reiterou também convite para que as Forças Armadas daquele país envie oficiais e praças para cursos de guerra cibernética que ocorrerão em 2014 e 2015.

A jornalistas, Rossi e Amorim também disseram que o Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS) tentará reforçar a cooperação em ciberdefesa no âmbito regional. Amorim, contudo, apontou a disposição de brasileiros e argentinos em dar prioridade ao tema. "Enquanto o assunto se discute na Unasul, Brasil e Argentina avançam no plano bilateral", afirmou.

Na conversa, o ministro brasileiro abriu espaço para agradecer ao governo da Argentina pelo apoio quando do incêndio na Base Antártica Comandante Ferraz. O ministro Rossi informou que está em curso o reforço da base em Ushuaia que permitirá manobras e apoio às ações à base antártica. A expectativa é que, a partir do próximo ano, o local esteja à disposição dos governos com toda infraestrutura para garantir as operações.

Depois, os dois ministros entraram em temas referentes à indústria de defesa. Amorim lembrou que, recentemente, foi iniciado entendimento do projeto do VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) regional, com a definição do equipamento de tamanho médio. O assunto é tratado no âmbito da Unasul (União das Nações Sul-americanas).

Ainda sobre o setor industrial, os dois ministros abordaram o desenvolvimento do projeto KC-390, que irá substituir os aviões Hércules e tem na indústria argentina o fornecedor de peças e componentes na fabricação da aeronave. Depois, Amorim indagou Rossi sobre o interesse argentino no blindado Guarani, novo carro de combate brasileiro que tem uma planta da fabricante Iveco na cidade de Sete Lagoas (MG).

Tropas no Haiti

A presença militar no Haiti entrou na pauta da reunião bilateral. Agustín Rossi lembrou que o presidente do Uruguai, José Mujica, manifestou interesse em retirar os militares uruguaios da missão de paz da ONU no país caribenho. Na conversa, o ministro argentino frisou a importância de que o assunto seja objeto de análise conjunta dos países que compõem o CDS.

O ministro brasileiro fez um relato da participação das Forças Armadas. Ele informou que, a partir do terremoto que devastou o Haiti, o governo aumentou seus efetivos com o envio de tropas do batalhão de engenharia, mas que atualmente a presença na capital Porto Príncipe foi diminuída ao contingente anterior ao terremoto. Porém, frisou a importância do trabalho continuado.
Amorim recordou também que o governo fez doação de US$ 40 milhões para a construção de usina hidrelétrica (Artibonite) que permitiria o abastecimento de energia em parte do país.

“Os recursos que estão parados no Banco Mundial. E as obras somente sairiam se houvesse contribuições de outros parceiros, mas elas não vieram”, lamentou Amorim.

Após o encontro bilateral, o ministro Rossi participou de almoço. Ao término, houve a troca de presentes, ocasião em que Amorim brincou com o colega argentino ao lhe oferecer uma camisa oficial da seleção brasileira de futebol. Ambos riram bastante. “Isso é uma provocação”, disse Amorim mostrando a camisa canarinho para os fotógrafos.

Fotos: Jorge Cardoso
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa